Publicado em 16/09/2022 às 16:00, Atualizado em 16/09/2022 às 15:45
Conforme último boletim epidemiológico divulgado pela SES, Mato Grosso do Sul soma 80 casos da doença
Apesar do avanço acentuado da varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, o Estado não tem pacientes que precisaram ser internados por conta da doença. De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), todos os pacientes com diagnóstico positivo e que estão com o vírus ativo seguem em isolamento domiciliar.
Para o setor de saúde, a forma branda - como os sintomas da varíola dos macacos têm se apresentado - traz certa tranquilidade sobre a ocupação de leitos nas unidades de saúde. Com o aparecimento da doença, uma das preocupações foi que o sistema fosse sobrecarregado, a exemplo do ocorrido durante os surtos da pandemia da covid-19.
Recentemente, o secretário municipal de saúde, José Mauro Filho, informou que, em Campo Grande, a Prefeitura não havia destinado leitos específicos para a doença em razão da baixa procura pelos contaminados. Mesmo assim, o secretário apelou para que a população continue a se proteger.
Conforme último boletim epidemiológico divulgado pela SES, Mato Grosso do Sul soma 80 casos da varíola dos macacos. Além disso, outras 62 pessoas estão com caso sob investigação e quatro são prováveis.
Os casos positivos estão distribuídos em Campo Grande, Dourados, Aquidauana, Aparecida do Taboado, Itaquiraí, Maracaju, Ponta Porã e Três Lagoas. Os sintomas mais relatados pelos pacientes foram feridas na pele (85,7%), febre súbita (60,7%) e inchaço dos gânglios (56%).
A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:
• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada;
• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco;
• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.
Sintomas e prevenção da varíola dos macacos
Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.
Em nota emitida na semana passada, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.
Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.