Publicado em 13/07/2020 às 14:34, Atualizado em 13/07/2020 às 17:35
Só no mês de julho houve um aumento de 96% no número de óbitos, que de 85 do dia 1° está em 167 nesta segunda-feira (13)
Esforço conjunto das autoridades de saúde no enfrentamento à pandemia com o apoio da sociedade seria o cenário perfeito para manter a pandemia sob controle em Mato Grosso do Sul. Porém, o descumprimento às medidas de distanciamento social com aglomerações e festas clandestinas ao longo do fim de semana, colocam em risco o atendimento digno às pessoas que podem vir a precisar de leitos clínicos ou leitos de UTI que já se encontram com taxas de ocupação em 19% e 48%, respectivamente.
Só no mês de julho houve um aumento de 96% no número de óbitos, que de 85 do dia 1° está em 167 nesta segunda-feira (13) conforme boletim oficial da Secretaria de Estado de Saúde (SES). No mesmo período o aumento no número de infectados foi de 55%, dando um salto de 8.676 para 13.461. “Precisamos tomar medidas que levem ao isolamento social. Só assim podemos evitar a expansão da doença neste momento”, alertou o secretário de saúde, Geraldo Resende.
Embora seja notável o aumento dos indicadores do novo coronavírus, as taxas de isolamento social mostram o comportamento negacionista de grande parcela da população. Os índices de recolhimento mapeados na sexta-feira (10) foram de 36,2%, no sábado (11) atingiram 40% e no domingo (12) foi de apenas 46,7%, ou seja, nem aos finais de semana as pessoas têm permanecido em casa. A taxa ideal para controle da doença é acima de 60%.
Com o passar dos dias Campo Grande se tornou o epicentro da doença no Estado, com aumento considerável de casos e óbitos. Mesmo assim, as taxas de distanciamento social permanecem distantes do ideal. Na sexta foi registrado índice de 35,5%, no sábado 39,3% e no domingo 46%.
Nos municípios do interior do Estado, a pior taxa mapeada neste domingo foi em Japorã com apenas 25% das pessoas em casa, e a melhor foi em Juti com 67,3%.