O município de Batayporã disponibiliza diversos serviços e atendimentos no sistema público de saúde. Porém, muitas vezes, os usuários têm recorrido diretamente ao Pronto Atendimento Médico (PAM) para buscar assistência de baixa complexidade, trocar pedidos de exames e receituários ou ainda fazer pequenos curativos.
Em menos de dez dias, desde a inauguração do PAM no prédio do antigo hospital, 300 pacientes foram atendidos. Desse total, 80% foram casos de menor gravidade e ambulatoriais. No entanto, o primeiro contato deveria ser através da Estratégia Saúde da Família (ESF) mais próxima, que é considerada a porta de entrada do cidadão.
Para entender melhor como funcionam os serviços no PAM e nas unidades de Estratégia Saúde da Família, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece quais as diferenças entre as casas de atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A titular da pasta, Marcela Leite, explica que o PAM é voltado para atendimentos de casos de urgência médica, ou seja, por classificação de risco, priorizando por gravidade e não por ordem de chegada, e os casos de maior complexidade são encaminhados para o Hospital Regional.
Para determinar a urgência, ao chegar ao Pronto Atendimento, o usuário é acolhido e passa por uma classificação, seguindo os critérios do Protocolo de Manchester, que são definidos por cores.
Se o profissional determinar o caso com a cor vermelha, significa que o atendimento deve ser imediato, pois há risco iminente de vida. A cor laranja representa urgência, mas que pode levar alguns minutos para o paciente ser atendido. O amarelo caracteriza caso de gravidade moderada, com necessidade de atendimento sem risco imediato. Já o verde, corresponde a pouco urgente e o usuário deve buscar a Atenção Básica (ESF), e por fim o azul que significa “não urgente”, para atendimento por ordem de chegada.
Conforme a classificação, a Secretaria Municipal de Saúde garante que pacientes com maior risco sejam atendidos de imediato, o que pode ser fundamental para salvar uma vida.
Todos os dias a equipe do Pronto Atendimento tem orientado os pacientes sobre quando se deve procurar o PAM. “É uma iniciativa para que os pacientes se conscientizem aonde devem procurar atendimento médico, uma vez que muitos têm tendência a buscar diretamente o Pronto Atendimento, porém o primeiro local que deve ser procurado em caso de situações simples, é a ESF mais próxima para entender os benefícios da promoção e prevenção da saúde, com isso evitando agravamento de doenças crônicas que poderiam ser diagnosticadas e tratadas na atenção primária", orienta a titular da Secretaria de Saúde.
"Se a população de fato se dirigir à unidade de saúde mais próxima, certamente deve encontrar uma equipe disposta a atender e irá ajudar a diminuir a demanda no Pronto Atendimento, que em menos de dez dias atendemos 300 pessoas, um número alto em um curto espaço de tempo", completou a coordenadora do PAM, Keity Marielle.
Keity frisa ainda que quando o atendimento na ESF não é realizado imediatamente e sim agendado, é fato que o quadro apresentado não é de risco de vida, e dessa forma não há necessidade de ser atendido no Pronto Atendimento. No entanto, aqueles que procurarem o PAM sempre serão atendidos.
As ESF’s são locais voltados a atendimentos primários e o acompanhamento de pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. O cidadão pode ainda receber atendimento odontológico, pegar requisições de exames por equipes multiprofissionais e acesso a medicamentos. O clínico geral também pode marcar consultas para procedimentos eletivos e exames mais específicos com especialistas da rede pública ou em clínicas credenciadas à Prefeitura por meio de licitação. Geralmente, unidades de Estratégia Saúde da Família resolvem grande parte dos problemas de saúde da população do zoneamento que está sob sua responsabilidade.
É importante salientar que os pacientes que procuram uma unidade de Estratégia Saúde da Família não saem sem acolhimento. “Acolhemos todos os pacientes que procuram a unidade de saúde. Contudo, muitos querem atendimento de imediato e por não apresentarem sinais de urgência é realizado o agendamento, e em momento algum o direcionamos ao Pronto Atendimento”, disse a enfermeira responsável pela ESF Santo Antônio, Silva Rosembaum.
A secretária Marcela orienta ainda o paciente a procurar a Secretaria Municipal de Saúde caso não receba atendimento devido na rede pública de saúde.
Assessoria de Comunicação PMB
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