Publicado em 09/02/2017 às 09:30, Atualizado em 08/02/2017 às 23:41
Em 2012 quatro pessoas morreram no curtume da unidade.
A unidade da Marfrig, em Bataguassu, onde na tarde desta quarta-feira (8) teve um incidente com vazamento de amônia, onde 21 funcionários precisaram ser socorridos, teve que pagar R$ 5 milhões por dano moral coletivo pela morte de quatro funcionários depois de incidente químico, em janeiro de 2012. Em um acordo firmado com o MPT (Ministério Público do Trabalho).
Na época, a empresa foi também multada em R$ 1 milhão pela PMA (Policia Militar Ambiental), por danos ambientais causados pelo vazamento do gás. O major Edmilson de Queiroz, da PMA de MS informou que a multa foi motivada pela poluição causada pelo incidente e não teria relação com falha ou negligência por parte da empresa Marfrig. Ele teria informado também que as licenças da empresa estariam ‘em dia’.
Segundo informações do site IG, além da multa a empresa, após uma perícia do MPT, foi obrigada a adequar o ambiente de trabalho. Foram detectadas falhas na sinalização de segurança e na orientação para os procedimentos formais de proteção coletiva.
A empresa teria que fornecer aos trabalhadores, proteção coletiva e individual. Monitorar riscos e instalar sinalização de segurança e alarme de emergência. Implantar treinamentos e inspeções periódicas e adotar mecanismos de prevenção de incêndio.
Vazamento em 2012
O acidente aconteceu durante o descarregamento de um ácido dicloro-propiônico usado para retirada de pelos do couro dos gados, no curtume da unidade. De acordo com as informações, no momento em que o ácido entrou em contato com a outra substância houve a liberação de um grande volume de gás.
O motorista do caminhão teria fechado a válvula assim que percebeu o vazamento e se afastou do veículo. Ele ainda teria informado ao Corpo de Bombeiros que cerca de 600 litros de ácido teria sido descarregados.
Além dos quatro óbitos, o acidente de 2012 deixou 3 pessoas em estado grave e mais 15 foram encaminhadas para o hospital e liberadas no dia seguinte. A empresa teria prestado assistência aos funcionários e familiares e colaborou com as autoridades para a apuração rápida dos fatos.
Mais recente
Em outubro de 2016, uma funcionária precisou ser socorrida e encaminhada para o Pronto Socorro Municipal, após um vazamento de amônia em uma das salas de resfriamento.
E no início da tarde desta quarta-feira (8), outro vazamento de amônia, desta vez em razão de um rompimento na tubulação de gás, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros que precisou socorrer cerca de 21 funcionários e encaminhá-los para o Pronto Socorro da cidade.
Marfrig
No final da tarde desta quarta, a empresa, através de nota, informou que todos os procedimentos de segurança foram prontamente iniciados e que o vazamento já teria sido contido.
Conteúdo - Midiamax