Publicado em 03/12/2016 às 16:32, Atualizado em 03/12/2016 às 10:39

Zeca do PT dispara contra MPE e diz que procurador de MS mentiu

Deputado cutucou o procurador-geral Paulo César Passos.

Redação,
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Divulgação

Na Câmara Federal, o ex-governador Zeca do PT disparou contra o MPE (Ministério Público Estadual) para defender as medidas contra a corrupção aprovadas na Casa de Leis e acabou aumentando, ainda mais, o desconforto entre o Poder Judiciário e o Legislativo. Em nota pública, ele acusou o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, Paulo César Passos, de mentir para a população ao afirmar que o projeto aprovado beneficia corruptos e criminaliza a ação dos investigadores.

Gancho

“Na votação da Câmara dos Deputados do projeto encaminhado pelo Ministério Público, foram aprovadas importantes mudanças tais como: Agilidade de tramitação dos processos Anticorrupção; Aumento de penas por crime de corrupção; Caixa Dois virou crime e firmou o princípio de que todos são iguais perante a lei. Assim sendo o Procurador Geral mente quando diz que o projeto aprovado foi para proteger corruptos, tentando com isso angariar simpatia da opinião pública para seus privilégios, inclusive salariais”, disparou.

Sem freio

“O que os Promotores e Procuradores não querem é ser enquadrados em abuso de autoridade e crime de responsabilidade. Aliás, o comportamento do Ministério Público do MS tem se caracterizado por perseguição política a alguns, acatando inclusive denúncias anônimas o que é proibido por lei, e proteção protelatória quando não investiga ou se omite em fatos evidentes que ocorrem aqui no nosso Estado”, completou o ex-governador.

Esqueceu?

A nota foi recebida como um soco no estômago no órgão, mas ‘estranhamente’ Zeca não citou os juízes e magistrados, que também participaram de ato de repúdio à proposta em frente ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Indignação seletiva?

Guerra fria

O prefeito Alcides Bernal (PP) e seu sucessor, Marquinhos Trad (PSD), resolveram ‘declarar guerra’ ao serviço oferecido pela empresa Uber em Campo Grande. Para os usuários do serviço, sinal de turbulência a caminho em hora nada propícia com o aumento na tarifa do transporte público, que vai chegar a R$ 3,53.

Interesses de quem?

A chegada da empresa na Capital estava se mantendo pacífica até porque a maioria dos taxistas que atuam no município é composta por permissionários, ou seja, pessoas que pagam para trabalhar para os donos dos alvarás, que ficam concentrados nas mãos de uns poucos empresários. Alguns deles já estavam, inclusive, migrando para o Uber na tentativa de melhorar a renda e trabalhar como próprio chefe.

Sobrou o busão

Com o desejo de proibir ou taxar o serviço de ‘caronas pagas’, os gestores reforçam o poder das oligarquias constituídas pelos donos de alvará e ainda arriscam a, mais uma vez, deixar o campo-grandense na mão, já que as promessas de melhorias nos serviços de ônibus nunca saem do papel.

Recadinho

Durante passagem por Campo Grande, o chefe da perícia da Polícia Federal, Fábio Salvador, deixou o recado para os políticos locais: a Operação Lava Jato está de olhos bem abertos para ações criminosas em Mato Grosso do Sul. Aguardem!