Zeca declara-se independente e diz que Bernal ‘caminha para o isolamento’

O vereador Zeca do PT cansou de esperar pela aproximação do prefeito Alcides Bernal (PP) com os aliados e declarou-se independente. Para ele, Bernal caminha para o isolamento político e precisa acordar antes de prejudicar Campo Grande.

“Sinto-me um estranho, não tenho nenhuma participação, não sou consultado, ouvido, se não sou chamado para nada, então, não pertenço à base nenhuma e me nego a estar no bloco dos 20, então sou independente”, explicou Zeca. “Estou fazendo é um grito de alerta, dizendo Bernal acorda, é preciso reunir, articular a bancada, criar espaço pra construir”, emendou.

Para o petista, o prefeito precisa entender urgentemente que política é feita em grupo e não é possível governar sozinho. “O Bernal tem que entender que o parlamento se guia por maioria e minoria, somos nove e eles são 20”, frisou. “Política é uma estrada de mão dupla”, acrescentou.

Segundo Zeca, tem vereador interessado em reforçar a base aliada, mas aguarda um sinal de Bernal. “Tem gente que quer vir, mas tem que criar espaço às pessoas para fazer maioria de 15 e conseguir aprovar projeto, tem que ter 15 articulados, que semanalmente, a cada 15 dias se reúnam, sejam orientados”, defendeu.

Se continuar nesse rumo, Zeca prevê o isolamento político de Bernal. “Cada vez mais caminha para o isolamento e isso é ruim para ele e ruim para a cidade”, alertou. “Ficamos três horas falando e disse: Bernal, chama os partidos e abre espaço, política é relação com os partidos”, contou.

Depois do encontro, o vereador disse que telefonou em cinco ocasiões e Bernal não voltou a atendê-lo. “Não dá para achar que as pessoas estão ao seu serviço. Ó quero falar contigo, vem aqui, que história é essa, não presto para ser serviçal, eu me nego a ser serviçal, quero participar da política”, avisou.

Para Zeca, Bernal precisa acordar antes de prejudicar a cidade

Sobre o fato de Bernal ter avisar não transformar a prefeitura em banco de cargos, Zeca reforçou as críticas. “O Lula ou a Dilma quando abriram para os outros partidos queriam transformar o governo em um mercadão de cargo? Aí é achar que todo mundo não presta e que ele é o dono da verdade. As pessoas querem participar, qual é o problema?”, indagou.