Publicado em 07/03/2013 às 20:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Nova Notícias - Todo mundo lê
A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) teve que retirar uma moção de protesto feita por ela contra decisões tomadas em relação à violência contra a mulher pelo delegado adjunto da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Flávio Said. A vereadora retirou a moção ao perceber que teria o pedido negado.
O vereador Carlão (PSB) pediu votação nominal dos vereadores, para conseguir derrubar a moção. Porém, só o vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB) votou, se manifestando contra o pedido. Após o voto, a vereadora disse que tem bom senso e retiraria para evitar confusão.
A moção, que se estendia aos comandantes da Polícia Militar e da Polícia Civil, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil, protestava contra a prisão de Maria Rangel dos Santos, 46 anos, que no dia 4 de março, após violência física e psicológica, e sentindo-se ameaçada, matou o esposo.
A violência contra mulher recorrente na nossa sociedade acontece a cada quinze minutos e vislumbro desta forma a necessidade de atendimento humanizado e qualificado no que diz respeito à devida aplicabilidade da Lei Maria da Penha, dizia a moção.
A vereadora disse que Maria Rangel não deveria estar presa, já que se apresentou espontaneamente e fez o compromisso de contribuir com todas as etapas do processo. A vereadora revelou que o marido assassinado era ex-policial militar e atribuiu o tratamento diferenciado à cultura machista. A moção foi retirada e caberá a Comissão de Direitos Humanos da Câmara o acompanhamento do caso.