Publicado em 11/03/2017 às 12:30, Atualizado em 11/03/2017 às 11:24

Trabalhadores prometem acampar em frente a casa de parlamentares de MS

De acordo com nota encaminhada pelos movimentos sociais, deputados federais e senadores, da bancada de MS em Brasília, poderão ser surpreendidos com o acampamento de trabalhadores em frente às suas residências.

Redação,

Trabalhadores em todas as áreas de Mato Grosso do Sul prometem acampar em frente a casa de parlamentares federais do Estado contra a reforma da Previdência Social proposta pelo Governo Federal. Depois de várias reuniões, eles decidiram que vão atacar de várias formas para conseguir mudar o rumo da reforma para impedir que o trabalhador brasileiro pague com sua vida o ônus da Previdência no País.

Representantes da Força Sindical, UGT, CUT e CSB, em reunião esta semana decidiram que uma das formas de mobilizar a opinião pública para as ameaças da reforma é promover uma paralisação geral principalmente na educação em Mato Grosso do Sul.

As entidades de classe, que representam os trabalhadores como a ACP e Fetems vão acompanhar a greve nacional na quinta-feira (15). Outros segmentos econômicos e de serviços também pretendem paralisar suas atividades e em muitos casos, de serviços essenciais, a ideia é promover "operação padrão" na Capital e interior do Estado.

De acordo com nota encaminhada pelos movimentos sociais, deputados federais e senadores, da bancada de MS em Brasília, poderão ser surpreendidos com o acampamento de trabalhadores em frente às suas residências.

O PROJETO

Hoje não há idade mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição. São necessários 35 anos de recolhimento para homens e 30 para mulheres. Já para se aposentar por idade, hoje é necessário ter pelo menos 15 anos de recolhimento e 65 anos de idade para os homens e 60 para as mulheres.

Com a reforma da Previdência quem quiser se aposentar precisará ter pelo menos 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres e 25 anos de recolhimento, porém, para receber 100% no benefício serão necessários, na prática, 49 anos de recolhimento. "Um grande desrespeito não só aos homens, mas principalmente às mulheres", afirma Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS e diretor da Força Sindical MS.

O governo federal justifica a mudança dizendo que a Previdência é deficitária e que a reforma seria necessária para equilibrar as contas. Porém, movimentos sociais e sindicatos denunciam que o Governo Federal não leva em conta toda receita arrecadada pela Previdência para fazer o cálculo: Ele contabiliza apenas a contribuição previdenciária, que no ano passado ficou em R$ 352,6 bilhões e os benefícios pagos, que somaram R$ 436 bilhões, apontando para um suposto déficit, segundo dados da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

"O trabalhador brasileiro não pode e não deve pagar com a sua vida as mudanças na Previdência Social. Além disso o Governo esconde a verdade do povo, pois os números confirmam que não existe rombo na Previdência", afirma José Lucas da Silva, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros – CSB.