A senadora sul-mato-grossense Tereza Cristina, líder do PP no Senado Federal, criticou, na segunda-feira (29), o silêncio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a decisão da Suprema Corte da Venezuela de impedir a engenheira industrial María Corina Machado, 56 anos, de se registrar para as eleições presidenciais marcadas para a segunda metade do ano, alegando que ela apoiou as sanções dos Estados Unidos ao país, estaria envolvida com corrupção e perdeu dinheiro associado a ativos estrangeiros.
“Mais uma vez, o governo Lula 3 reafirma seu apreço e compromisso com a ditadura de Nicolás Maduro e se cala sobre o inaceitável veto do regime à candidatura de María Corina Machado às eleições presidenciais deste ano na Venezuela. Principal opositora de Maduro, Corina, vencedora das prévias da oposição com 92% dos votos, foi, na última sexta-feira, oficialmente inabilitada como candidata pelo tribunal controlado por Maduro”, postou a parlamentar em sua conta no X, antiga Twitter.
Tereza Cristina ainda acrescentou que os parceiros do Brasil no Mercosul - Argentina, Paraguai e Uruguai -, além de outros países, já protestaram contra esse arbítrio. “O governo Lula 3, que se diz bastião da democracia e defensor das mulheres e da igualdade, continua mudo”, lamentou.
A senadora lembrou que o Palácio do Planalto estendeu tapete vermelho para Maduro em Brasília (DF) e “não moveu uma palha para que Corina, proibida de viajar, pudesse vir ao Brasil em setembro passado participar de audiência no Senado”.
“Registrei, logo após o evento, realizado no formato de videoconferência, que, além de não ajudar, os lulistas apresentaram 80 páginas contra dar a voz a Corina, uma cidadã com direitos humanos e políticos violados. Uma vergonha para o Brasil, que perdura, sem fim. Pelo jeito, veremos Lula bater palmas para mais uma eleição fraudulenta na ‘democracia relativa’ da Venezuela”, pontuou.
Com informações do Correio do Estado
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