Publicado em 03/09/2022 às 17:00, Atualizado em 03/09/2022 às 12:52
O argumento da emedebista é de que a primeira-dama ocupou mais de 25% do tempo permitido a um apoiador na peça eleitoral.
Foi por uma ação movida pela campanha de Simone Tebet (MDB) que o Tribunal Superior Eleitoral vetou a propaganda eleitoral de Michelle Bolsonaro em favor do presidente Jair Bolsonaro.
O argumento da emedebista é de que a primeira-dama ocupou mais de 25% do tempo permitido a um apoiador na peça eleitoral.
Nesta sexta-feira (2), Tebet falou sobre a decisão à CNN Brasil e disse não ter “nada contra” a aparição de Michelle, desde que ocorra seguindo as regras eleitorais.
“Nada contra a primeira dama fazer campanha, mas faça dentro da lei”, afirmou Tebet após a decisão.
A ministra do TSE Maria Cláudia Bucchianeri entendeu que Michelle não pode ser equiparada a uma “mera apresentadora, ou seja, de pessoa que se limita a emprestar sua voz e imagem, sem, no entanto, qualquer aptidão de transferência de prestígio ou atributos a um dos candidatos em disputa”.
A punição é a mesma aplicada a Fernando Haddad (PT) em 2018, quando ele foi impedido de usar em demasia a imagem do ex-presidente Lula (PT) quando concorria ao Palácio do Planalto.
A decisão do TSE irritou a campanha do presidente Jair Bolsonaro, que já havia preparado outras peças com Michelle. A ideia é utilizar a imagem da primeira-dama para buscar votos femininos para o governante.
Apesar de ter saído da propaganda da tv e rádio, o vídeo em que Michelle se direciona às mulheres do sertão e fala sobre a transposição do Rio São Francisco como uma obra entregue pelo marido, continua circulando na internet.
Nesta sexta, a peça foi distribuída no grupo oficial do presidente no Telegram com a legenda “Colocações necessárias sobre ações que realmente interessam a todos brasileiros”.
Com informações do Yahoo Notícias