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17/07/2025 às 13:00, Atualizado em 17/07/2025 às 12:49

STF nega pedido da defesa e mantém prisão preventiva de Braga Netto

Ex-ministro da Defesa está preso desde dezembro de 2024 por tentar obstruir as investigações sobre a intentona golpista; PGR pediu condenação do militar da reserva

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto, acusado de participar da organização de uma tentativa de golpe de Estado para manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência após as eleições de 2022. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (16), segundo o Portal da BAND.

Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, acusado de tentar obstruir as investigações relacionadas ao inquérito que apurava o golpe. Segundo as diligências, o general teria tentado obter dados sigilosos, controlar a narrativa e manter os demais integrantes da organização criminosa informados sobre o andamento das apurações.

Moraes justificou sua decisão afirmando que nada mudou desde que a prisão foi decretada e que os motivos que a justificaram seguem válidos, especialmente devido à gravidade dos crimes e ao risco que o réu representa se estiver em liberdade. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manteve favorável à prisão do militar da reserva, afirmando que, mesmo com o fim da fase de coleta de provas, ainda há risco para a ordem institucional.

O ex-ministro, assim como o ex-presidente e outros integrantes do chamado “núcleo crucial” da intentona golpista, foi citado pela PGR no documento em que o órgão se mostra favorável à condenação do grupo. Ele é réu por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

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