Publicado em 30/06/2023 às 12:36, Atualizado em 30/06/2023 às 16:38

Simone Tebet concorda com Lula e diz que não há motivos para atual taxa de juros no Brasil

Lula vem criticando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, responsável por definir o valor da taxa

Redação,
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Foto - José Cruz

Ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB) afirmou nessa sexta-feira (30) em São Paulo que não há motivos na economia brasileira para que a atual taxa de juros, em 13,75%, seja mantida. A ministra praticamente concorda com as críticas do presidente Lula (PT) ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, responsável por definir o valor da taxa.

Segundo o g1, a ministra afirmou que a economia está em cenário positivo, portanto, sem justificativa para manter a taxa de juros alta.

"Não tem nenhum cenário negativo para que não haja a queda robusta da taxa de juros no Brasil já a partir de agosto", afirmou Tebet, antes de participar de evento dos governos amazônicos em São Paulo.

Segundo a ministra, os indicadores da economia brasileira têm dado respostas suficientes para que a taxa de juros caia de maneira rápida até o fim do ano.

"Tudo está depondo a favor da queda de juros e de uma queda acentuada. Você pode utilizar qualquer dado macroeconômico, inflação em queda, o PIB do Brasil com crescimento muito acima do esperado. Falavam em 0,7% de crescimento do PIB no final do ano, nós já estamos falando em 2,1%, 2,3%, ou seja, três vezes de crescimento", citou como exemplo.

Tebet está em São Paulo participa de evento com governadores da região amazônica com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o BID. Serão oito países da bacia amazônica representados na reunião.

Ainda segundo o g1, em comunicado no dia 22, o Copom (Comitê de Política Monetária), cujo o presidente do BC faz parte, disse que a decisão de manter a taxa de juros em 13,75% vem surtindo efeito para controle da inflação. O comitê afirmou que o momento é de "paciência" e "serenidade".

A expectativa do mercado é que a taxa de juros comece a cair a partir de agosto. No entanto, a nota da reunião do Copom do dia 21 não deu nenhuma indicativa para que isso aconteça.