Publicado em 25/04/2020 às 11:32, Atualizado em 25/04/2020 às 10:19
Sergio Moro anunciou demissão do cargo nesta sexta-feira porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao decidir demitir Mauricio Valeixo. Moro não aceitou.
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro afirmou nesta sexta-feira, dia 24 de abril, em uma rede social que "nunca" utilizou a permanência de Maurício Valeixo na Direção-Geral da Polícia Federal como "moeda troca" para ser indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Mais cedo, nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no Palácio do Planalto disse que Moro afirmou a ele concordar demissão de Valeixo, mas em novembro, depois de ser indicado para o STF.
"A permanência do Diretor Geral da PF (Polícia Federal), Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF", publicou Moro na internet.
"De fato, o Diretor da PF Maurício Valeixo estava cansado de ser assediado desde agosto do ano passado pelo Presidente para ser substituído. Mas, ontem, não houve qualquer pedido de demissão nem o decreto de exoneração passou por mim ou me foi informado", acrescentou.
Ministro há mais tempo no STF, Celso de Mello se aposentará em novembro deste ano, quando completará 75 anos, idade máxima para ministros integrarem o Supremo.
Demissão
Sergio Moro anunciou demissão do cargo nesta sexta-feira porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao decidir demitir Mauricio Valeixo. Moro não aceitou.
Moro afirmou também que, a exoneração de Valeixo, publicada "a pedido" no "Diário Oficial da União" com as assinaturas dele – Moro – e de Bolsonaro, não foi assinada por ele nem a pedido do agora ex-diretor geral.
Fonte G 1