Publicado em 03/07/2012 às 12:43, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Com números e dados inéditos e exclusivos, o senador Antonio Russo (PR-MS) afirmou em discurso proferido no Plenário do Senado, nesta segunda-feira (02/07) que o Mato Grosso do Sul tem demonstrado como é possível impulsionar o próprio crescimento dentro dos parâmetros da ?economia verde?, numa demonstração de como o Estado está afinado com as aspirações da Rio + 20.
O senador afirmou que o Estado tem um dos melhores níveis de sustentabilidade do País ?porque está crescendo, expandindo a produção e aumentando a produtividade ao mesmo tempo em que reduz as áreas ocupadas?. Segundo ele, trata-se de exemplo a ser seguido por outras unidades federativas e inclusive outros países.
Segundo ele, técnicos da Embrapa Gado de Corte e de outras instituições estaduais pesquisaram que o agronegócio - setor produtivo mais importante de Mato Grosso do Sul, responsável por 20% do PIB estadual (cerca de R$ 8,5 bilhões por ano) - conseguiu obter um crescimento acima de todas as médias nacionais, mantendo praticamente intocável o uso dos seus recursos naturais.
Além de pouco ter avançado sobre áreas virgens, informou o senador, o setor produtivo do Estado tem conseguido reduzir as queimadas e manter o controle sobre o uso de seus mais diversos biomas.
?Milagre? Sorte? Movimento espontâneo da economia? Não. Simples resultado da perfeita aliança de planejamento, incentivos fiscais, marcos regulatórios, programas governamentais bem organizados, parcerias público-privada adequadas e, acima de tudo, credibilidade e governança qualificada?, ressaltou.
Números eloquentes
Para Antonio Russo, os números são eloquentes: a região do pantanal sul-mato-grossense tem índice de preservação comprovado de mais de 80%. No restante do Estado, a cadeia produtiva vinculada ao campo eleva a produtividade e reduz as emissões de gases num processo que representou melhoria expressiva no sequestro de CO2, evitando emissões de quase 50 milhões de toneladas do gás na atmosfera.
Segundo Russo, inovações tecnológicas evitaram a abertura de mais de 1,5 milhão de hectares de novas áreas. Enquanto em 2006 o governo do Estado autorizou o desmatamento de 67 mil hectares, em 2010 as autorizações baixaram para 18 mil, reduzindo os novos desmatamentos em mais de 70%.
Por outro lado, informou o parlamentar, a produtividade da soja aumentou 90%, do milho, 64%, e do algodão, 139%; em relação há 10 anos. O setor de energia verde teve grande expansão: a produção de cana-de-açúcar cresceu 311%; e novas florestas ganharam espaço em regiões antes degradadas: aumentaram 165% (30% em média nos últimos anos).
?Tudo isso foi obtido com aumento de produtividade, elevação da renda, melhoria da empregabilidade e dos investimentos sociais em todos os municípios do Estado?, ressaltou o parlamentar sul-mato-grossense.
Russo acredita que o Estado encontrou o caminho para se transformar numa das unidades federativas mais importantes do Brasil nas próximas duas décadas.
?O Estado cresce, a economia se fortalece, e o meio ambiente mantém-se cada vez mais preservado. Nos próximos 15 anos, o nível de sustentabilidade da economia de Mato Grosso do Sul estará acima dos países mais avançados do planeta?, prevê Antonio Russo.
Avanços na Pecuária
O senador Russo ainda citou o programa da Embrapa Gado de Corte ?Avanços na Pecuária de Mato Grosso do sul ? PROAPE?, com o subprograma ?Novilho Precoce?, que altera os paradigmas de sustentabilidade no Estado. Com a redução do tempo de abate dos animais foi possível evitar a emissão de 655 mil toneladas de CO2 em 2010, o que representou nas últimas décadas uma redução de gases que provocam efeito estufa da ordem de 5 milhões de toneladas.