A sabatina do economista Gabriel Galípolo, escolhido para o cargo de presidente do BC (Banco Central), está marcada para esta terça-feira, dia 08 de outubro, na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado Federal.
Após essa etapa, o plenário da Casa deve votar no mesmo dia a indicação, feita em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nesta segunda, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), recebeu em sua casa Galípolo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).
O economista, se aprovado pelo Senado, vai assumir em 2025, no lugar de Roberto Campos Neto, que atualmente é quem comanda o órgão e cujo mandato acaba no fim deste ano.
Campos Neto, escolhido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda na gestão passada, é alvo de sucessivas críticas do presidente Lula. O petista chegou a chamá-lo de "adversário" por conta da desvalorização do real frente ao dólar.
O Banco Central tem autonomia do governo. Desta forma, quem comanda o órgão, mesmo sendo indicado pelo presidente da República, assim como os diretores da instituição, cumprem mandatos. É tarefa do BC garantir estabilidade do sistema financeiro, amenizando a variação dos preços e da taxa de desemprego.
A sabatina serve para que os senadores avaliem a capacidade técnica e a isenção do indicado para assumir o posto. Na reunião da comissão, os parlamentares devem questionar Galípolo sobre como ele vai trabalhar para combater a inflação e se tomará decisões de forma independente ou influenciado pelo Palácio do Planalto.
No plenário, o nome é aprovado se receber a maioria dos votos dos presentes na sessão -- maioria simples. A votação é secreta.
Nesta segunda (7), o relator da indicação, Jaques Wagner, apresentou parecer em que afirma que Galípolo tem as condições necessárias para concorrer a vaga e é capacitado para a função.
Segundo o relatório, Galípolo declarou não possuir familiares em cargos públicos relacionados à atividade do BC, não ser sócio de empresas nem responder processos na Justiça.
"O seu currículo revela o alto nível de qualificação profissional, a sua larga experiência em cargos públicos e a sua sólida formação acadêmica, com a devida capacitação em assuntos econômico-financeiros. Esta comissão fica, desta forma, em condições de deliberar sobre a indicação do senhor Gabriel Muricca Galípolo para ser conduzido ao cargo de presidente do Banco Central do Brasil", diz o documento.
Fonte - g1
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