Sem revelar nome, Simone Tebet diz que já tem um lado para apoiar no segundo turno

Terceira candidata mais votada nas eleições para a presidência do Brasil, a senadora Simone Tebet (MDB) disse que já tem um lado definido para apoiar no segundo turno, mas que irá esperar decisão do partido antes de se manifestar.

Um dos principais nomes da chamada terceira via, Simone Tebet teve 4,9 milhões de votos válidos, o que corresponde a 4,17%, ficando a frente de Ciro Gomes, que teve 3,5 milhões de votos, perfazendo 3,05%.

Em coletiva depois da apuração de votos, ao lado da vice, Mara Gabrilli, disse estar feliz com o resultado e que respeita a decisão do povo.

"Reconhecemos o resultado das urnas, a vontade soberana do povo brasileiro se fez presente nas urnas, falou através do voto e nós acatamos", disse.

Sobre as alianças para o segundo turno, que será disputado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), ela disse que não irá se omitir.

"Respeito o processo eleitoral que ainda não terminou. É hora dos partidos[da coligação] se posicionarem para que depois eu possa, como candidata a presidente que fui, me posicionar", disse.

"Temos que analisar o resultado para que eu me posicione, mas eu tenho um lado e vou me pronunciar no momento certo", afirmou.

Sem citar nomes, Simone disse que é um momento de decisão no Brasil e que estará sempre do lado do povo brasileiro.

Ela afirmou ainda que saiu de menos de 1% dos votos e exaltou a campanha, afirmando que houve "resiliência, coragem e persistência" em uma campanha feminina.

"Conseguimos mostrar que, daqui para frente as mulheres não serão mais ecos, vão ser vozes na política brasileira, não seremos coadjuvantes, queremos estar como protagonistas", disse.

Segundo turno

A eleição presidencial será decidida em um segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com dados do TSE.

Com 100% das urnas apuradas, Lula recebeu 57 milhões de votos válidos, ou 48,35% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral até aquele momento.

O presidente e candidato à reeleição recebeu 51 milhões de votos, ou 43,27% do total.

O segundo turno ocorre quando nenhum candidato consegue atingir a maioria da soma total dos votos computados, somando 50% mais um.

O encontro entre os dois principais rivais está marcado para o dia 30 de outubro, último domingo deste mês.