Publicado em 09/05/2012 às 13:33, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O senador Antonio Russo (PR-MS) considerou positiva a aprovação da realização de audiência pública com o Ministro da Fazenda Guido Mantega na Comissão de Assuntos Econômicos. Para Russo, a reunião com o ministro no próximo dia 15 vai ajudar a esclarecer a situação da conjuntura econômica atual, as novas regras de cálculo dos rendimentos das cadernetas de poupança e redução de juros.
A Medida Provisória 567/ 2012, que estabelece as regras para a desindexação da economia será amplamente discutida no Congresso. Nós parlamentares precisamos elucidar algumas dúvidas para podemos exercer a nossa função de contraponto entre os poderes da República, disse Russo.
Nesta terça-feira (08), a Comissão de Assuntos Econômicos aprovou requerimentos de audiência pública para tratar do assunto. Devem ser convidados o Ministro de Estado da Fazenda, Guido Mantega; O Presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal; o Ministro do STJ, Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin; e o economista e ex-Ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega. A reunião deve ocorrer na próxima terça-feira (15/05).
O objetivo é discutir as iniciativas para redução das taxas de juros para o tomador final, as novas regras para as remunerações das cadernetas de poupanças, a expansão do crédito e a inadimplência no sistema financeiro brasileiro.
Poupança
Na semana passada, o governo editou medida provisória que modifica o cálculo para reduzir a remuneração da caderneta de poupança. Pelas novas regras, a correção da poupança será equivalente a 70% da taxa de juros básica da economia, a Selic, quando este índice estiver fixado, no máximo, em 8,5% ao ano.
Como atualmente a Selic está em 9% ao ano, continua prevalecendo a regra atual que remunera a caderneta de poupança: 6,17% ao ano mais Taxa de Referência (TR).
A alteração valerá apenas para os depósitos feitos a partir da edição da medida provisória, publicada no dia 4. Assim, as cadernetas de poupança terão saldo corrigido de duas formas: pelo rendimento tradicional, para o dinheiro guardado até o dia anterior àquela data, e pela nova regra, para os depósitos realizados a partir daí.
A mudança na remuneração da poupança vai permitir que o governo continue a baixar os juros sem que os grandes investidores sejam estimulados a migrar para a poupança em busca de mais rentabilidade e deixem de comprar títulos públicos, que financiam o déficit governamental.
Fonte: Assessoria de imprensa