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12/10/2024 às 14:37, Atualizado em 12/10/2024 às 10:40

Riedel defende ação coordenada e apoio da União contra crimes transfronteiriços

Governadores discutem soluções integradas para a segurança pública no 17º Encontro de Líderes - Comunitas

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Governador Eduardo Riedel é ouvido por outros governadores e demais líderes presentes no evento (Foto: Tayana Vaz) -

Na 17ª edição do Encontro de Líderes promovido pela Comunitas, realizada em São Paulo, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, destacou os desafios e avanços na área da segurança pública em painel intitulado "Coalizão Governamental - Soluções Compartilhadas para a Segurança".

O evento, que reuniu importantes lideranças nacionais, contou com a presença dos governadores Helder Barbalho (Pará), Raquel Lyra (Pernambuco) e Ronaldo Caiado (Goiás), além de Marcos Lutz, diretor-presidente da Ultrapar, e Raul Jungman, presidente do IBRAM e ex-ministro da Segurança Pública.

Riedel abordou o trabalho que Mato Grosso do Sul vem realizando no combate à criminalidade, enfatizando o uso de inteligência, investimentos em tecnologia e capacitação das forças de segurança.

"Estamos atuando de forma firme para evitar o aumento da criminalidade dentro do território brasileiro", afirmou o governador. Ele também destacou a importância de uma coordenação nacional para a segurança pública, especialmente no que tange às áreas de fronteira, uma preocupação central para o estado.

O encontro, realizado no JK Eventos, na Vila Olímpia, teve como objetivo promover o diálogo entre os diferentes setores da sociedade para encontrar soluções conjuntas para os desafios da segurança pública.

Flávio Dino, ministro do Supremo Tribunal Federal, elogiou a oportunidade de reunir representantes dos três poderes, ressaltando que "uma política vital como a segurança pública não pode estar submetida às contingências eleitorais". Dino também defendeu a complementação do Plano Nacional de Segurança Pública.

A necessidade de convergência entre as diversas lideranças estaduais e federais foi um ponto comum durante o painel. Riedel sublinhou que, embora os esforços de segurança estejam concentrados nas mãos dos estados, é essencial contar com a colaboração da União para garantir recursos e um sistema coordenado de políticas de segurança.

“A questão da fronteira é um tema sensível para todos os estados, e precisamos de uma decisão política unificada que permita a criação de um sistema de coordenação abrangente”, concluiu o governador.

A Comunitas, que em 2024 tem a segurança pública como uma de suas prioridades, vem atuando ativamente para fortalecer o debate e a cooperação entre diferentes setores. Entre suas iniciativas, destaca-se o Encontro Rede Juntos, realizado em junho, e o Programa de Formação Internacional, com foco específico em segurança pública, que ocorrerá em novembro na Universidade de Columbia, em Nova York.

O evento ocorre em um contexto de grandes desafios para a segurança pública no Brasil. Segundo o Índice Global da Paz (GPI), o Brasil ocupa a 132ª posição entre 163 países, e, na América Latina, é o 8º, atrás apenas de Venezuela e Colômbia. Apesar disso, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta uma redução no número de mortes violentas, com 40,8 mil vítimas em 2023, o menor número desde o início da coleta de dados.

Para Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas, a cooperação entre os diferentes níveis de governo é crucial para avançar nessa agenda. "Queremos promover uma articulação entre os entes federativos, visando a criação de políticas públicas que permitam a construção de estratégias integradas e sustentáveis, capazes de gerar impactos positivos em todo o território nacional", destacou.

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