Publicado em 29/05/2017 às 18:02, Atualizado em 29/05/2017 às 16:10

Reinaldo chama denunciantes de ‘picaretas’ e diz que Fantástico omitiu defesa

Governador ainda reclamou da edição da Globo na denúncia.

Redação,
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Reprodução Midiamax

O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) divulgou uma nota acusando os empresários que denunciaram um suposto esquema de pagamento de propina em troca de benefícios em seu governo de ‘picaretas’ e ‘fraudadores’.

Azambuja afirma que os empresários que apareceram no Fantástico com denúncias de só conseguiam licenças para atuar pagando propina a agentes do governo tucano, emitiram mais de R$ 200 milhões em notas frias de empresas fantasmas.

"Aqueles não são empresários, mas um bando de picaretas fraudadores do fisco", defendeu-se o Chefe do Executivo Estadual.

Segundo o governador, o Estado move uma ação contra os empresários, com documentos no qual os empresários são acusados de fraudar o Fisco, e já teriam sido autuados em novembro do ano passado.

O processo, afirma Azambuja, tem mais de mil páginas e já foi encaminhado ao MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal). Ele ainda acusa um dos empresários denunciantes, José Alberto Berger, dono de um curtume, de abater gado e emitir notas frias de couro para receber isenção de imposto.

"Isso está identificado e documentado. É um processo judicial. Já temos dados das Secretarias do Governo do Estado de São Paulo, Rio Grande do Norte e Mato Grosso que mostram que os endereços das empresas são na verdade terrenos baldios, ou seja, empresas fantasmas que nunca existiram. Por isso estão tentando usar artifícios, usando uma pessoa que não tem nada a ver com o governo e muito menos com o governador. Não dei procuração para ninguém falar em meu nome”, rebateu o tucano.

Tendenciosa

A nota divulgada pela assessoria do governador também classifica de tendenciosa a matéria veiculado no Fantástico, e destaca que Reinaldo já apresentou suas explicações e defesa ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, rebatendo as acusações de Wesley Batista, dono da JBS, que delatou que o tucano, Zeca do PT e André Puccinelli (PMDB), foram beneficiários de um esquema de pagamento de propina em troca de benefícios fiscais.

"Gravei uma entrevista de 11 minutos com o repórter do Fantástico, mas ele não colocou nem um minuto no ar. Não foi veiculado na íntegra tudo o que respondemos das denúncias infundadas feitas por esses senhores. O que cabe a nós agora é continuar trabalhando pelo Estado, fazendo entregas para melhorar a vida da nossa população e deixar os advogados mostrarem a comprovação documental que nós estamos mexendo com picaretas. Temos documentação e vamos provar", finalizou o governador.