Publicado em 13/12/2024 às 12:00, Atualizado em 12/12/2024 às 21:23
O encontro teve como pauta estratégias políticas relacionadas às eleições gerais de 2026
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), encontrou-se na terça-feira (10), em Brasília, com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o senador Rogério Marinho (PL-RN). O encontro teve como pauta estratégias políticas relacionadas às eleições gerais de 2026.
Em entrevista ao Correio do Estado, Azambuja revelou que comunicou a Bolsonaro que só definirá uma possível migração do PSDB para o PL após o Carnaval de 2024. “Disse ao presidente Bolsonaro que pretendo esperar o desenrolar da situação do meu partido, que pode fazer uma fusão, aglutinação ou formar uma nova federação”, declarou.
O ex-governador explicou que a direção nacional do PSDB está negociando com pelo menos quatro partidos para decidir o futuro da legenda. Entre as possibilidades estão uma fusão com MDB e Podemos, uma aglutinação com PSD ou a criação de uma federação com o Solidariedade.
Plano de continuidade
Azambuja destacou que sua permanência no PSDB está condicionada ao desfecho das negociações partidárias. Caso permaneça, ele pretende disputar uma vaga no Senado em 2026.
Esse posicionamento é compartilhado pelo atual governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), que, em recente conversa com o presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, indicou que pode continuar na legenda.
O ex-governador também reafirmou que a aliança com Bolsonaro, firmada para as eleições de 2022, será mantida para 2026, independentemente de mudanças partidárias. Segundo Azambuja, tanto ele quanto Riedel apoiarão a candidatura de Bolsonaro à Presidência da República ou a de um nome indicado por ele, caso o ex-presidente não consiga reverter sua inelegibilidade. Em contrapartida, Bolsonaro deverá apoiar as candidaturas de Riedel à reeleição como governador e de Azambuja ao Senado.
Fortalecimento da centro-direita
Durante o encontro, também foi discutida a formação de um grupo político forte em Mato Grosso do Sul para defender pautas da centro-direita, como a preservação do Estado de Direito e a proteção à propriedade privada.
Azambuja destacou o crescimento econômico do estado, que tem atraído atenção de outras regiões tanto pela perspectiva empresarial quanto política. “Com Bolsonaro, também tratei de políticas de desenvolvimento econômico para Mato Grosso do Sul e da importância de eleger representantes comprometidos com essas pautas”, concluiu.