Publicado em 03/05/2013 às 14:23, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Em um longo recurso de mais de 200 páginas, a defesa do deputado José Genoino (PT-SP) classifica como "injusta" a condenação do petista pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão sob o argumento de que ocorreu sem provas e com base apenas em ilações.
Os advogados pedem a redução da pena de seis anos e 11 meses de prisão e apontam que ele foi condenado pela "imaginária" compra de votos no Congresso.
"Não pode esta defesa deixar de alertar que [...] todas as demais provas -fortes e favoráveis ao peticionário, como já defendido- robustecem a injustiça desta condenação", disse. "Merece reparo pela via ora eleita, todavia, quando, de forma ambígua, obscura, contraditória e omissa, adere à inaceitável condenação de Genoino por imaginária corrupção ativa", completa.
Segundo a defesa, "por maior respeito que se tenha por aqueles que acreditaram na estória do mensalão urdida por Roberto Jefferson [presidente do PTB], por maior respeito que se tenha pela indignação que o episódio causou à mídia, aos Ilustres Julgadores e, em especial, ao relator, fato é que reuniões entre presidentes de partidos visando apoio ao governo não constitui, por óbvio, a prática de qualquer ilícito".
Os advogados colocam em dúvida a credibilidade do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que revelou à Folha de S.Paulo, em 2005, o esquema de pagamento de propina no Congresso durante o início do governo Lula.
"Pode um homem público com uma história de vida e uma trajetória imaculada como José Genoino ser condenado com base nas saltimbancas palavras de um Roberto Jefferson?", questiona.