Publicado em 26/01/2024 às 11:01, Atualizado em 26/01/2024 às 09:38

Ramagem teria pedido monitoramento de adversários políticos de Bolsonaro, diz PF

Apuração afirma que investigados utilizaram software espião para acompanhar ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, então deputada federal Joice Hasselmann e Roberto Bertholdo

Redação,
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Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin

Foto - Tomaz Silva/Agência Brasil

A Polícia Federal indicou na operação que tem como alvo Alexandre Ramagen, ex-chefe da Abin, que então adversários do governo de Jair Bolsonaro eram monitorados a mando de Ramagen. Segundo documento liberado pelo Supremo Tribunal Federal nesta quinta-feira (25), os investigados utilizaram o software espião First Mile para monitorar os políticos.

O monitoramento acompanhava o então presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, da então deputada federal Joice Hasselmann, do ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia e do advogado Roberto Bertholdo.

A Polícia Federal deflagrou, ontem, quinta-feira (25), a Operação Vigilância Aproximada para investigar uma “organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin)” com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Um dos alvos da operação é o deputado federal Alexandre Ramagem. A PF foi inclusive foi ao gabinete e ao apartamento funcional do deputado, segundo o Portal da BAND.

A PF cumpriu 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

Ramagem é ex-diretor da Abin e atual deputado federal. Ele comandou a agência no governo Jair Bolsonaro.