Publicado em 24/05/2013 às 10:10, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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A CPI da Saúde da Assembleia Legislativa definiu esta manhã, em reunião no Plenarinho Nelito Câmara, seu presidente, vice, relator e sub-relator. Num acordo costurado antes da reunião, os integrantes da comissão escolheram um deputado do PT para presidente e um do PMDB para relator.
Por unanimidade, os deputados estaduais Amarildo Cruz (PT), da oposição, e Lauro Davi (PSB), da bancada fiel ao governador André Puccinelli, foram eleitos, nesta quinta-feira (23/5), presidente e vice da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar as irregularidades na aplicação dos recursos públicos por parte das instituições de saúde de Mato Grosso do Sul.
Já na condição de presidente da CPI, Amarildo Cruz escolheu Junior Mochi e Maurício Picarelli (ambos do PMDB) para relator e sub-relator, respectivamente. Onevan de Matos (PSDB), que presidiu a primeira reunião da comissão até a eleição do presidente, ficou como membro.
Amarildo prometeu fazer uma grande CPI, garantindo que as investigações irão além do que já foi apurado pela Controladoria-Geral da União(CGU), Polícia Federal (PF) e Ministério Público Estadual (MPE). Tenho certeza de que essa Casa vai dar uma resposta à sociedade. Vamos passar todas as questões a limpo. Sei da dimensão do que nos aguarda e o que nós vamos ter que fazer, comprometeu-se o parlamentar.
Líder do governo na Assembleia e agora também relator da CPI, Junior Mochi explicou que o próximo passo da comissão será definir a metodologia e as estratégias e que, em seu relatório, não irá se limitar a fazer diagnóstico da situação da saúde em Mato Grosso do Sul. O assunto é complexo e amplo. Não vamos só levantar as mazelas, mas apontar os caminhos, disse.
Segundo Amarildo, a próxima reunião da CPI será na próxima quarta-feira (29), às 14 horas, ocasião em que será organizado o trabalho, com definição de apoio administrativo e jurídico, convocações de depoentes e cronograma de viagens. Também devem ser expedidos ofícios solicitando informações oficiais à CGU, PF e MPE, que apuraram as fraudes no setor de oncologia de hospitais do Estado com a Operação Sangue Frio.
O sub-relator Maurício Picarelli está otimista, acreditando que o trabalho da CPI vai chegar até onde a Controladoria-Geral da União não chegou.
A CPI da Saúde terá 120 dias para investigar os problemas e irregularidades. Criada após as denúncias do Fantástico, da Rede Globo, a comissão também irá apurar a legalidade, oportunidade e conveniência das terceirizações de serviços realizados com verbas repassadas pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Antes da matéria global, a imprensa de Mato Grosso do Sul já havia divulgado o resultado da operação "Sangue Frio", que desvendou irregularidades e fraudes nas gestões do Hospital do Câncer e do Hospital Universitário. A CPI, porém, não se limitará a investigar os dois hospitais.