Clima de terror, medo, ameaças de processos e intimidações são as armas usadas pelos promotores de Justiça para obrigarem os prefeitos a darem satisfação e explicação de seus atos. Esta é avaliação do advogado e ex-juiz eleitoral Ary Raghiant sobre atuação dos integrantes do Ministério Público Estadual (MPE) sobre os gestores públicos. “Os promotores querem mandar na prefeitura, no prefeito e impor as diretrizes administrativas”, afirmou.
Ele considera absurda e desproporcional, por exemplo, a atitude de promotores de Justiça cobrarem diariamente o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), explicações de medidas adotadas na administração. Raghiant lembrou que o prefeito nem faz um mês que está sentado na cadeira, já entrou na mira do MPE.
O problema de tudo isto, alertou o advogado, é a consequência de o prefeito não atender as exigências dos promotores de Justiça. Ele passará anos se defendendo de processos na Justiça. É o caso do ex-prefeito de Aquidauana Fauzi Suleiman (PMDB). O Ministério Público propôs à Justiça ação por improbidade administrativa contra Fauzi por não responder 150 ofícios com pedidos de informações. Ele vem sendo processado depois de deixar o cargo há mais de quatro anos.
Fonte - Correio do Estado
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