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17/10/2022 às 15:30, Atualizado em 17/10/2022 às 15:27

Projeto que aumenta salário de prefeita de Campo Grande de R$ 21 mil para R$ 35 mil é retirado de pauta na Câmara

Presidente da Casa justificou que a medida foi retirada para ajustes

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Adriane Lopes é prefeita de Campo Grande — Foto: Karine Matos/Prefeitura de Campo Grande

O projeto de lei que aumenta o salário da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), de R$ 21.263,62 para R$ 35.462,22 a partir de 1º de janeiro de 2023 foi retirado de pauta na Câmara de Vereadores, de acordo com o presidente da Casa, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).

O texto havia sido proposto pela mesa diretora do legislativo da capital. Carlão justificou que o projeto de lei foi retirado para ajustes. Segundo ele, a matéria pode voltar a tramitar ainda neste ano, visto que o projeto está parado na Câmara desde 2019.

O presidente reitera que o que "pesa" a favor da tramitação é o fato de o salário de mais de 500 servidores estar atrelado ao subsídio da prefeita. Portanto, segundo ele, o reajuste desses servidores depende desta proposta.

Como justificativa, o projeto apontava que "algumas categorias dos servidores municipais têm amargado em seus vencimentos os efeitos "perversos" da inflação, que corroeu seu poder aquisitivo nos últimos 8 anos sem o aumento do subsídio do prefeito".

Além do reajuste no montante da prefeita, a proposta quer aumentar o subsídio para outros cargos:

Vice-prefeito(a): de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80 (cargo vacante atualmente);

Secretários municipais: de R$ 11.619,70 para R$ 30.142,70.

Inflação como justificativa

Apontando a inflação como motivo para o aumento de quase 70% no salário, a proposta diz que não houve aumento no subsídio nos últimos oito anos.

“Vale lembrar que, naquele ano de 2012, o subsídio do Prefeito já se encontrava defasado em 72%, pois já não vinha sendo concedido os devidos reajustes inflacionários. Naquela oportunidade (2012) o reajuste do subsídio foi 33%, considerando passar de R$ 15.882,00 para R$ 20.412,42, faltando uma reposição de 39% e assim permaneceu até 2019, quando sofreu ínfimo reajuste de 4,17%, representando a quantia de R$ 21.263,62 que conserva-se até a presente data, ou seja, dez anos praticamente sem reajuste e 18 anos amargando a corrosão do seu salário pela inflação”, detalha o texto.

De acordo com a proposta, a inflação acumulada nesses últimos dez anos (2013 a 2022) é de 76,70%, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

Com informações do G1 MS

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