Devido ao prazo apertado para o fechamento da folha que organiza os salários dos professores convocados das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul, pagamentos que deveriam cair nas contas em março devem ser feitos apenas em abril. O processo de convocação é iniciado em cada unidade escolar, seguindo depois para análise e registro na SED (Secretaria Estadual de Educação), que conta com sistema manual e consequentemente mais demorado para finalizar a última etapa.
Para evitar situação que se repete a cada início de ano, a direção da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação do Estado) deve se reunir na próxima semana com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e a secretária estadual de Educação, Maria Cecília Amêndola da Motta. O encontro objetiva pressionar o governo e diminuir o atraso para, ao menos, o fim da primeira quinzena de março, através de uma folha suplementar.
Conforme o presidente da federação, Roberto Botareli, o problema já deveria ter sido resolvido há muito tempo e é sempre pautado entre as principais demandas. “Precisamos agilizar o processo, para implementar uma contratação que seja quase totalmente feita online. Mas o poder público alega não ter como investir nisso e nós esperamos de mãos atadas”, diz.
Botareli relata que a reclamação dos profissionais incide diretamente sobre a falta de informatização dos serviços públicos e que a burocracia é um resultado direto do não investimento no setor. “Sabemos que é difícil e tem melhorado, eu mesmo entrei como convocado há muitos anos e fui receber meu salário acumulado e de uma só vez muitos meses depois, mas são milhares de famílias prejudicadas por mal planejamento”, afirma.
Em Mato Grosso do Sul, são cerca de doze mil professores convocados e dez mil concursados na rede pública estadual. Na Capital, a volta às aulas está marcada para o dia 13 de fevereiro, mas a semana pedagógica, apenas para professores, começou no dia 6.
Já nas cidades do interior, o retorno às escolas é opcional, podendo ser 13 ou 20 do mesmo mês. Nesse caso, as escolas estaduais devem articular com as redes municipais de ensino o retorno das aulas, considerando o transporte escolar de alunos.
A reportagem tentou entrar em contato com a Secretaria de Educação para tratar sobre o tema e confirmar o encontro com a federação, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
Fonte - TopmidiaNews
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