Publicado em 03/03/2012 às 09:22, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Nova Notícias - Todo mundo lê
Surpreso com a adesão dos deputados federais Fábio Trad, Marçal Filho e Geraldo Resende, todos do PMDB, em manifesto contra o governo de Dilma Rousseff (PT), o presidente regional do PT, Marcus Garcia, chamou os peemedebistas de ingratos por conta dos altos investimentos federais em Mato Grosso do Sul.
Só pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), foram liberados R$ 855,8 milhões e mais R$ 379 milhões estão empenhados, desde o ano passado, para Mato Grosso do Sul, informou Garcia. Segundo ele, os dados são da Caixa Econômica Federal e da Câmara dos Deputados.
Só para a Capital, reduto eleitoral de Fábio Trad, vieram R$ 304 milhões por meio do PAC e outros R$ 138 milhões estão empenhados, conforme o dirigente petista. Dourados, cidade natal do Geraldo e do Marçal, recebeu R$ 64 milhões só através do PAC, acrescentou Garcia.
O presidente do PT destacou ainda que os peemedebistas fazem parte da base de sustentação do governo Dilma, mas não fizeram campanha para a petista no Estado. O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e Resende garantiram ter pedido votos para ela, mais Garcia disse que não viu participação nenhuma deles na corrida por apoio popular.
O posicionamento da bancada do PMDB no Estado é de ingratidão. Eles nem sequer fizeram campanha para a Dilma e, para piorar, parece que esqueceram de todos os investimentos federais em Mato Grosso do Sul, comentou Marcus Garcia.
Trad, Resende e Marçal assinaram lista anti- PT juntamente com outros 45 parlamentares do PMDB. Eles se queixam de falta de espaço no governo e de dificuldades para serem recebidos por ministros quando querem discutir projetos em benefício do Estado. Nos bastidores, comenta-se que o ato de rebeldia dos peemedebistas é uma maneira para pressionar a liberação de emendas.
Novato
"O Fábio Trad precisa aprender a esperar. Ele assumiu em 2011, por isso, as emendas dele vão começar a ser liberadas no decorrer deste ano, comentou Marcus Garcia.
Outro alvo de críticas do petista é o coordenador da bancada sul-mato-grossense, Geraldo Resende. Para o presidente do PT, o parlamentar, responsável pela articulação da bancada com o Planalto, deveria assumir uma postura republicana, em vez de partir para o enfrentamento com o governo.