Publicado em 16/01/2013 às 14:12, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltou a criticar o PMDB, responsabilizando o partido pela situação vergonhosa que o legislativo passa em Campo Grande, correndo risco de despejo. O prefeito explicou que está preocupado com a situação dos vereadores, mas lembrou que o atual presidente da Câmara, Mário César (PMDB), que se diz preocupado, é um dos responsáveis pelo que está acontecendo.
O André (governador André Puccinelli-PMDB), com seu jeito de ditador, colocou o seu cupincha maior na presidência da Câmara. Eles (PMDB) presidiram a Câmara com o Yossif Domingos, Edil Albuquerque, Paulo Siufi e agora com o Mário César. São os responsáveis pelo problema do despejo e agora temos que resgatar a dignidade do legislativo. O PMDB afundou o legislativo, criticou.
O prefeito afirmou que o PMDB não honrou compromisso de pagar o aluguel e acumulou uma dívida calculada pelos donos do prédio em R$ 30 milhões, o que é inviável para ser pago pela prefeitura na atual situação.
O Nelsinho (prefeito Nelsinho Trad-PMDB) deixou o cofre vazio. Mentiu que deixou R$ 220 milhões. Ao contrário disso, deixou a cidade abandonada, com buracos, problema na Saúde, dengue, provocada pela falta de prevenção, licitações comprometidas e um imbróglio judicial envolvendo a Câmara, revelou.
Bernal ressaltou que a situação financeira foi agravada pela restrição ao orçamento, engessamento do Poder Executivo e até por aumento de salário para categorias que nem precisavam, sendo tudo apoiado pela própria Câmara, liderada pelo hoje presidente, Mário César. Bernal afirma que fará o possível para reverter a situação, mas considera difícil, visto que dois desembargadores determinaram o despejo.
A conclusão do julgamento sobre o despejo dos vereadores de Campo Grande está marcada para o dia 29 de janeiro de 2013. Em dezembro de 2011 a juíza da 3ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, Maria Isabel de Matos Rocha, julgou procedente o pedido dos proprietários do prédio, Haddad Engenheiros Associados, solicitando a desocupação do imóvel. Segundo eles, o aluguel da Casa de Leis está atrasado desde agosto de 2005, gerando uma dívida que gira em torno de R$ 11 milhões.
Contra essa decisão, o procurador jurídico da Câmara recorreu ao TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). O relator, desembargador Oswaldo Rodrigues de Melo, opinou por manter a decisão da juíza. O desembargador Rubens Bergonzi Bossay seguiu o relator e manteve o despejo. Já o desembargador Marco André Nogueira Hanson pediu vistas, suspendendo a conclusão do julgamento, que agora está marcado para o final de janeiro. Caso a Haddad vença o processo os vereadores terão que deixar o prédio em 30 dias.