Ponte da Rota Bioceânica tem 65% dos pilares prontos no lado paraguaio

Estão avançadas do outro lado da fronteira as obras de construção da ponte entre Carmelo Peralta (Paraguai) e Porto Murtinho (MS). Fundamental para concretização da Rota bioceânica, a ponte orçada em quase R$ 600 milhões está sendo paga com dinheiro da Itaipu Binacional.

De acordo com o engenheiro Pedro Martínez, que trabalha nas obras, pelo menos 65% das estacas de sustentação já estão prontas. A previsão é de conclusão em quatro meses da instalação das estacas, pilares e as chamadas “cabeças”, onde a ponte ficará sustentada.

Segundo o governo paraguaio, estão sendo construídos 300 pilares - cilindros de concreto armado com profundidade variável de 33 a 43 metros, encravados no maciço rochoso denominado xisto.

A ponte terá dois viadutos de acesso nas duas margens do Rio Paraguai e 650 metros de vão suspenso estilo estaiada. Quando estiver pronta (a previsão é final de 2024), a ponte vai concretizar sonho de ligação rodoviária entre os oceanos Atlântico (Santos) e Pacífico (Chile).

Lado brasileiro – No início deste mês, o Ministério dos Transportes garantiu ao governador Eduardo Riedel (PSDB) o repasse de quase R$ 100 milhões para a construção da alça de acesso à ponte, do lado de Mato Grosso do Sul. Essa obra deve ser licitada ainda no primeiro semestre.

"Já temos o projeto pronto, o DNIT já o terminou e o ministro [Renan Filho] se comprometeu nos próximos três meses a fazer essa licitação em regime de contratação direta. Até julho, acreditamos que sai o edital desse acesso", disse o secretário de Desenvolvimento Jaime Verruck.

Segundo o Governo de Mato Grosso do Sul, a Rota Bioceânica vai encurtar em 8 mil km a distância percorrida pelos produtos brasileiros rumo ao mercado asiático, integrando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile.

Ainda conforme dados do governo estadual, o comprimento da ponte foi redimensionado para 1.310 metros, com largura de 20,10 metros e quatro pistas. Nas laterais, serão construídas passagem de pedestres e uma ciclovia.

Com informações do Campograndenews