Publicado em 11/04/2013 às 07:26, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Cansados da velha frase: Vocês têm que ter paciência, dita inúmeras vezes pelo governador André Puccinelli (PMDB), de acordo com policiais civis, quando questionado sobre o reajuste salarial da categoria, eles queimaram um caixão em frente à governadoria, na tarde desta quarta-feira (10), iniciando uma série de protestos e o indicativo de greve para maio, data base da Polícia Civil no Estado.
Há seis anos escutamos o governador nos pedir paciência quando se trata do nosso salário. Temos certeza que as outras categorias nos apóiam e juntos, protestando, estaremos formando uma reação em cadeia. E essa revolta ocorre principalmente porque em dois meses, foram gastos R$ 13 milhões em publicidade. Porque não utilizar este dinheiro com a compra de viaturas?, questiona o policial André Carvalho Bittencourt, diretor do sindicato.
Em ação inédita, os policiais civis saíram da sede do Sinpol/MS e realizaram uma carreata até a governadoria. O percurso, da avenida Euler de Azevedo, 13 de maio, Mato Grosso e por fim a governadoria, foi o momento em que os servidores relataram o descaso do governador, qualificando o como tirano, além de falar da falta de estrutura e efetivo, culminando em insegurança por parte da população.
Já na governadoria, que ficou tomada por agentes no pátio e até mesmo na rua, os policiais queimaram um caixão, simbolizando um policial civil que estaria sendo sepultado. Eles levaram cartazes e pediam a todo o momento a presença da vice-governadora em exercício, Simone Tebet (PMDB).
Infelizmente, digo à população que vamos entrar em greve a partir do dia 2 de maio. Não queríamos parar os nossos serviços, mas o governador está nos obrigando a fazer isso e peço a todos que nos ajudem nessa campanha. Há menos de sete anos tínhamos o 6° melhor salário e hoje já somos o antepenúltimo Estado com o pior salário do país, uma vergonha, finaliza o presidente do Sinpol/MS, Alexandre Barbosa.
A reportagem do site Midiamax, da capital, questionou a assessoria de comunicação do governo se eles iriam se posicionar sobre o manifesto, mas eles disseram que não vão falar.