Publicado em 16/07/2012 às 15:12, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Depois de passar o período pré-eleitoral tentando desmontar o projeto do deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) e do deputado estadual Alcides Bernal (PP) de disputar o comando da Prefeitura de Campo Grande, o PMDB acionou a Justiça para conseguir impugnar os registros das respectivas candidaturas.
Na última sexta-feira (13), o advogado da coligação Mais Trabalho por Campo Grande, Valeriano Fontoura, registrou os pedidos de impugnação das candidaturas de Bernal, do seu vice Gilmar Olarte (PP) e da coligação majoritária e proporcional do PSDB.
Segundo Valeriano, Bernal deveria ter se despedido do seu programa diário na rádio antes da convenção que homologou seu nome para concorrer a prefeito. No dia 30, mesma data da convenção, ele apresentou o programa, disse o advogado. O deputado encerrou o programa às 9 horas, depois seguiu para a convenção.
No caso do vice de Bernal, o PMDB alegou falta de desincompatibilização de entidade que receberia recursos do Poder Público. O Gilmar Olarte é o presidente da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Nova Aliança, informou Valeriano. Para concorrer na eleição, ele deveria ter se desincompatibilizado da entidade quatro meses antes do pleito, acrescentou. Ainda conforme o advogado, a associação recebe verba da Prefeitura de Campo Grande.
Em relação à coligação comandada por Azambuja, a irregularidade, de acordo com Valeriano, reside na participação do PMN nas chapas majoritária e proporcional. O partido realizou duas convenções, garantiu.
A primeira, segundo o advogado, realizada no dia 12 de junho, teria definido apoio ao candidato governista, deputado federal Edson Giroto (PMDB). No dia 20, sem anular a primeira convenção, realizaram outra para decretar aliança com o PSDB, afirmou.
A segunda convenção do PMN ocorreu após a direção nacional destituir a direção regional e municipal por suspeita de corrupção. Os antigos dirigentes do partido, Adalton Garcia e Iara Costa, foram acusados de receber benefícios em troca do apoio a Giroto.
Pressão para desmontar candidaturas
No período pré-eleitoral, segundo Bernal, tanto Giroto quanto o governador André Puccinelli (PMDB) teriam ido mais de uma vez a Brasília para tentar convencer a Direção Nacional do PP a recuar do projeto de candidatura própria em Campo Grande.
Entre os tucanos a pressão também foi grande. Os principais alvos foram os vereadores que teriam recebido propostas encantadoras para forçar aliança com o PMDB. O vereador Cristóvão Silveira (PSDB), inclusive, nem concorreu à reeleição.
Na Assembleia Legislativa, o alvo da pressão foi o deputado estadual professor Rinaldo (PMDB) com a ameaça de retorno do secretário Carlos Marun (PMDB), titular da cadeira na Casa de Leis. Na época, o governador desmentiu a possibilidade, que, agora, mais uma vez é cogitada na tentativa de enfraquecer os tucanos na Capital.