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07/08/2024 às 09:00, Atualizado em 06/08/2024 às 21:36

PL de Amambai se rebela contra Bolsonaro, vai à Justiça e abandona candidata do PSDB

Para o juiz eleitoral Carlos Alberto Almeida de Oliveira Filho, o caso pode ser analisado pela Justiça Eleitoral sem ferir a independência partidária.

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Bolsonaritas de Amambai se reúnem para tirar apoio a tucana e apoiar candidato do MDB (Foto: Divulgação)

O filiados ao PL de Amambai se revoltaram contra o acordo fechado entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o PSDB, foram à Justiça para reassumir o controle do partido e abandonaram os tucanos na reta final. Com a liminar para reassumir o diretório municipal, os “rebelados” anunciaram apoio ao ex-prefeito Sérgio Barbosa (MDB).

Para cumprir o acordo de Bolsonaro com o presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, o presidente estadual do PL, Aparecido de Andrade Portela, o Tenente Portela, destituiu o presidente do diretório municipal, José Cristovão Oliveira Bambil, o Zé Bambil, e encaminhou apoio a candidata do PSDB, Janete Córdoba.

Os destituídos foram à Justiça. “O ato de nomeação da Executiva Partidária capitaneada pelo Impetrante tinha – e tem – uma nítida intenção eleitoral, sendo que o Impetrante e demais filiados, para a organização para o pleito eleitoral de 2024, com a compuseram a chapa majoritária e proporcional (Prefeito – Vice e Vereadores), amplamente divulgado”, destacou no pedido de liminar encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral.

“Contudo, de forma abrupta e ilegal, o Sr. Deputado Federal Marcos Pollon, fora destituído do cargo de Presidente do PL Estadual, vindo a assumir o atual Presidente que ora representa o PL Estadual, acima identificado como autoridade coatora; e este por sua vez de maneira informal e ilegal, através de um telefonema, determinou que o PL de Amambai – MS, deveria imediatamente retirar os nomes dos pré-candidatos a majoritária, para apoiar candidatura pertencente a outra agremiação partidária ao cargo de prefeito(a)”, alegaram.

“Desta forma, diante de um flagrante ilícito, de forma arbitrária e ilegal, o Impetrante e todos os membros da comissão executiva do PL de Amambai, foram destituídos dos respectivos cargos, vindo a pôr fim na caminhada política e partidária dos mesmos, visto não haver mais possibilidade de filiar-se em outra agremiação partidária para concorrer às eleições municipais do ano de 2024”, destacou.

Para o juiz eleitoral Carlos Alberto Almeida de Oliveira Filho, o caso pode ser analisado pela Justiça Eleitoral sem ferir a independência partidária.

“Com efeito, se a medida liminar pleiteada não for concedida, apresentará reflexo direto e negativo no processo eleitoral daquele município, porquanto impedirá o registro de candidatura do filiados do partido, que fatalmente serão prejudicados, caso não haja a intervenção célere e eficiente da Justiça Eleitoral”, pontuou.

“Ante o exposto, de forma perfunctória, defiro o pleito liminar requerido, a fim de que seja suspenso o registro da comissão provisória municipal e seja restabelecida a composição e o regular funcionamento/representação do Direção Executiva Municipal do PL de Amambai MS, presidida pelo impetrante e seus membros regularmente eleitos, até o julgamento final do mandado de segurança”, determinou Oliveira Filho.

Bambil reassumiu o diretório e realizou nova convenção, definindo chapa de candidatos a vereador e apoiando o candidato de oposição em Amambai, Sérgio Barbosa.

A intervenção a pedido de Bolsonaro para apoiar a tucana causou comoção entre os bolsonaritas da cidade. Eles não aceitam a aliança com o PSDB e prometem resistir. Inicialmente, eles planejavam lançar a candidatura de Bambil à prefeitura.

Com informações do Portal O Jacaré

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