Publicado em 16/11/2024 às 09:00, Atualizado em 15/11/2024 às 17:56
Mensagens no celular podem revelar mais sobre o envolvimento de Francisco Wanderley e se houve apoio externo
A Polícia Federal (PF) segue, nesta sexta-feira (15), a extração de dados do celular de Francisco Wanderley Luiz , autor dos ataques com bombas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) na noite de quarta-feira (13). O aparelho foi apreendido na manhã de quinta-feira (14), dentro de um trailer de Wanderley, localizado em um estacionamento nas proximidades do STF e da Câmara dos Deputados.
A perícia do celular está sendo realizada no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, e já foram analisadas as primeiras mensagens. Segundo fontes próximas à investigação, as informações extraídas do aparelho poderão esclarecer se Wanderley contou com apoio de outras pessoas e quais eram seus planos detalhados para o ataque.
Investigações preliminares indicam que uma das últimas mensagens enviadas por Francisco Wanderley foi para seu filho, que está em viagem no Paraná. O filho prestou depoimento à PF e relatou que recebeu uma mensagem de despedida do pai, mas só compreendeu o significado dela após o atentado ser noticiado.
Além disso, a ex-mulher de Wanderley também foi ouvida pela Polícia Federal. Ela afirmou que o plano de Francisco Wanderley era assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e qualquer outra pessoa que estivesse presente no momento do ataque.
"[Ele] queria matar o ministro Alexandre de Moraes e quem mais estivesse junto na hora do atentado", relatou a ex-mulher aos agentes.
A investigação está sendo conduzida pela divisão antiterrorismo da PF, que agora foca na análise dos dados extraídos do celular para entender melhor o contexto do ataque e possíveis conexões com grupos ou ideologias extremistas.