Publicado em 06/05/2022 às 16:25, Atualizado em 06/05/2022 às 17:27

Pesquisa Ipespe indica que 56% desaprovam perdão de Daniel Silveira por Bolsonaro

Presidente Jair Bolsonaro deu indulto ao deputado um dia após ele ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)

Redação,
Cb image default
Divulgação

Pesquisa Ipespe divulgada nesta sexta-feira (6) pelo UOL mostra que 56% dos entrevistados desaprovam o perdão que o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu ao deputado Daniel Silveira (União Brasil-RJ), ante 29% que aprovam a medida. Outros 15% não responderam.

Segundo o site, o levantamento também mostrou que 35% acreditam que o indulto diminui a chance das pessoas votarem em Bolsonaro nas eleições deste ano, contra 20% que pensam que aumenta e 31% que disseram que não altera. 14% não sabem ou não responderam.

No mês passado, Silveira foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a oito anos e nove meses de prisão por ameaças aos ministros da Corte. No dia seguinte, o presidente editou um decreto que concedeu graça ao parlamentar, em um movimento que é previsto pela Constituição, mas que gerou tensão com o Judiciário. Ainda não está definido se o deputado vai manter os direitos políticos.

Em 26 de abril, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber deu dez dias para que Bolsonaro explique o perdão concedido ao deputado federal Daniel Silveira. Para Weber, o processo tem "especial significado para a ordem social e a segurança jurídica".

A pesquisa

O instituto entrou em contato por telefone com 1.000 eleitores entre os dias 2 e 4 de maio. O nível de confiança é de 95,5%. A sondagem foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-03473/2022. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.

O Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) é uma empresa de pesquisas fundada em 1986 e com sede no Recife. O instituto geralmente faz pesquisas eleitorais por telefone. Operadores ligam para eleitores selecionados conforme a distribuição de todo eleitorado brasileiro e os questionam sobre suas preferências eleitorais.