Publicado em 21/08/2012 às 15:45, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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A participação do governador André Puccinelli (PMDB) na campanha para prefeito de Campo Grande voltou a gerar polêmica na Assembleia Legislativa.
Nesta terça-feira, deputados se revezaram para comentar o assunto a exemplo da semana passada, quando o deputado Pedro Kemp (PT) ocupou a tribuna para acusar Puccinelli de coagir servidores a votar em Edson Giroto (PMDB).
Hoje foi a vez de Alcides Bernal, candidato do PP à Prefeitura, levantar o assunto, em pedido de ordem, para mostrar indignação com o caso e pedir providência do Judiciário. Ele definiu a situação como assédio moral e atentado. No dia 7 de outubro a vontade do povo vai prevalecer. Não a tirania, disparou.
O deputado Eduardo Rocha, líder do PMDB na Casa de Leis, ocupou a tribuna para defender o governador. Segundo ele, as reuniões feitas até agora com servidores foram promovidas no diretório do partido em Campo Grande.
Participaram servidores de confiança. Eu queria ver se o candidato Bernal perguntasse ao seu funcionário de confiança em quem ele iria votar e a resposta fosse ao Giroto. Qual seria a atitude dele, ironizou.
Kemp foi outro a criticar a situação. Ele argumentou que, independente da explicação, o voto é secreto e os servidores têm direito de não revelar suas preferências.
Já o deputado Márcio Fernandes (PTdoB) reclamou do tom eleitoreiro que a sessão tomou nesta terça-feira e pediu que a Casa de Leis se atenha à questões mais relevantes.
No revezamento de microfones, o clima esquentou por diversas vezes. Bernal e Rocha eram os mais exaltados e chegaram a se estranhar.
O peemedebista acusou o candidato do PP de chegar somente no fim das sessões. O progressista retrucou e prometeu, de agora em diante, levantar discussões sobre a Capital em todas as oportunidades que tiver na Assembleia.