Publicado em 07/03/2013 às 18:33, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24

Para Simone, ‘casamento’ com o PSDB não tem mais volta e PMDB deve ser unir ao PT

Nova Notícias - Todo mundo lê

Redação , Midiamax

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, a vice-governadora Simone Tebet (PMDB) apostou no fim da rivalidade e na união de PMDB com PT nas eleições de 2014. Para ela, a eleição em Campo Grande “esgarçou” a relação com o PSDB e favoreceu a reprodução da aliança nacional em Mato Grosso do Sul com os petistas.

“Hoje no Estado nós estamos muito mais próximos do PT do que com o PSDB. Não tenho dúvida disso”, declarou Simone, nesta quinta-feira (7), na Assembleia Legislativa, durante sessão em homenagem às mulheres.

A análise levou em consideração três pontos. “Primeiro, porque nós estamos muito próximos do Governo Federal, acho que dessa vez temos condições de dar palanque para a Dilma (Rousseff), a Dilma tem um carinho pelo governador (André Puccinelli) e a recíproca é a verdadeira, eles conversam muito facilmente”, disse Simone.

Além disso, a vice-governadora avalia que o “casamento” com os tucanos não tem mais volta em Mato Grosso do Sul.  “O PMDB e o PSDB saíram desgastados do processo municipal em Campo Grande, não falo pela bancada do PSDB na Assembleia, que nos apóia no Governo, mas houve uma ruptura que nunca havia acontecido, não chegou a romper, mas ela esgarçou a relação de uma forma muito profunda”, explicou.

Outro ponto, que na visão de Simone, aproxima os partidos é o bom relacionamento com parlamentares petistas. “Hoje o PT tem mais facilidade de diálogo tanto com os deputados do PT quanto com o senador Delcídio (do Amaral)”, disse. “Isso não significa que deixaremos de ser cabeça de chapa”, emendou.

Questionada sobre como conciliar o fato de os dois partidos terem candidato ao governo, Simone reconheceu a resistência, mas lembrou que há muitos cargos em jogo em 2014. “Tem a vaga de governador, de senador, de vice”, citou.

Ela ainda fez questão de ressaltar que não será empecilho para tornar realidade a aliança. “Não sou obstáculo nenhum, não preciso ser candidata ao governo, a senadora ou à vice, eu sou uma pessoa que não atrapalho qualquer parceria”, garantiu. “E o governador pode não ser candidato”, acrescentou.

Nos bastidores políticos, comenta-se que o resultado da aliança seria a chapa com Delcídio candidato ao governo, Puccinelli na corrida pelo Senado e Nelsinho Trad (PMDB), como vice do petista.

Alguns ainda cogitam a possibilidade de Simone ser suplente do governador para ele deixar o Senado em 2016 para concorrer à sucessão do prefeito Alcides Bernal (PP). Neste caso, o presidente da Assembleia, deputado Jerson Domingos (PMDB), assumiria o governo por seis meses.