Publicado em 25/10/2023 às 12:00, Atualizado em 24/10/2023 às 21:31
O Estado Carbono Neutro até 2030 será um diferencial do Estado do ponto de vista econômico e vai ficar para as próximas gerações.
O governador Eduardo Riedel participou nesta terça-feira (24) do 1º Fórum RCN de Sustentabilidade, no auditório do Bioparque Pantanal. Durante sua palestra destacou que o projeto “Estado Carbono Neutro” será o diferencial econômico e ambiental de Mato Grosso do Sul e que estas ações vão se transformar em um legado do Estado para as próximas gerações.
“É uma grande oportunidade de crescimento do Estado, respeitando a agenda ESG (ambiental, social e governança). O Estado Carbono Neutro até 2030 será um diferencial do Estado do ponto de vista econômico e vai ficar para as próximas gerações. Esta agenda não tem ponto de retorno”, afirmou o governador.
Ele lembrou que o Governo segue os pilares de uma gestão verde, inclusiva, próspera e digital e que o Estado promove uma série de ações de incentivos à produção sustentável e a neutralização do carbono. “Para isto temos programas como o PDAgro, Leitão Vida, Peixe Vida, Precoce MS, Carne Sustentável e Orgânica no Pantanal. Isto vale não apenas aos produtores, mas também às indústrias que se instalam aqui”.
Ainda citou a importância das atividades de monitoramento do desmatamento ilegal, por meio de tecnologia, assim como controle e combate aos incêndios florestais. “Para isto buscamos um Estado digital, compra de equipamentos e também conscientizar quem mora nestas regiões. Tem que se preparar para fazer frente a estes problemas. O Estado está fazendo sua parte”.
Sobre o Pantanal, afirmou que existe o desafio ambiental de preservá-lo e ainda transformar as atividades na região em renda aos produtores locais. “Por isso estamos discutindo um Fundo de investimento específico sobre o bioma com o BNDES. Nosso foco é na preservação e no campo social em todo Estado, sem deixar ninguém para trás”.
Evento
O encontro teve ainda a participação de especialistas e profissionais de destaque que discutiram os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) - que foram traçados no compromisso global estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em parceria com 192 países, assim como os impactos ambientais e sociais que podem mudar o rumo e a economia das organizações públicas e privadas.
Entre os temas em pautas esteve a origem do ESG e sua contribuição no mercado e economia mundial, o papel do “Pacto Global” e seus avanços no Brasil, os impactos das práticas sustentáveis na cadeira produtiva dos grandes e pequenos empresários e a política de Estado Carbono Neutro do Brasil.
“Sempre digo que ainda podemos reverter a crise climática e que a política de carbono neutro passa pelo Brasil, pois não tem um país que tenha tanta energia renovável como a gente. Também não existe um agro tão sustentável no mundo como o nosso”, afirmou Carlo Pereira, presidente do Pacto Global Brasil.
Uma das palestrantes do evento, a jornalista Rosana Jatobá destacou a preocupação das empresas e dos consumidores com as práticas sustentáveis. ‘Nota-se que há uma preocupação maior, pois existe uma cobrança muito grande da sociedade pelas melhores práticas, já que o consumidor e o cidadã não quer consumir qualquer coisa, está mais racional e consciente”.