Publicado em 28/01/2013 às 18:17, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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Apesar da rivalidade em nível nacional, o deputado federal Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, ratificou, nesta segunda-feira (28), a consolidação da parceria com o PT em Mato Grosso do Sul e indicou poucas chances de reaproximação com o PMDB, ex-aliados de primeira hora no Estado.
Hoje, as movimentações que a gente tem aproxima mais o PSDB do PT, declarou o tucano. Segundo ele, existem conversas e nem a rivalidade nacional seria capaz superar as afinidades. Não existem impeditivos, embora nós tenhamos palanques nacionais diferentes, nós podemos ter um palanque uno no Estado, emendou.
Reinaldo, inclusive, apontou uma solução para possíveis candidaturas opostas na disputa presidencial de PT com PSDB. A aliança do PSDB com o PT já foi feita várias vezes em outros estados, faz-se o palanque local da campanha majoritária e cada um faz o seu palanque nacional, sugeriu. Se a Dilma vier, o PT e os aliados que compõe nacionalmente fazem o palanque para ela e o PSDB defenderá a candidatura tucana, completou.
Indagado se a aliança de rivais nacionais em Mato Grosso do Sul não poderia ser vista de maneira negativa pelos eleitores, o deputado descartou a possibilidade. Acho que é incoerente é não ter política para o Estado onde você tem o seu domicílio, frisou.
Para ele, o mais importante são projetos em comum do PT com o PSDB no Estado. Nossa preocupação é trabalhar o desenvolvimento do Estado e existem pontos convergentes tanto de nós do PSDB quanto do PT e é isso que iniciou essa conversação, disse.
Ele, porém, acabou reconhecendo a necessidade de autorização nacional. Por enquanto, é só conversação porque realmente precisa da autorização na executiva nacional do PSDB e do PT, admitiu.
Sobre a intenção de reaproximação do PMDB, revelada ao Midiamax pelo presidente regional, deputado Júnior Mochi (PMDB), Azambuja reforçou maior aproximação com o PT, mas não descartou diálogo. A política é uma arte de conversar, a gente nunca fechou porta para conversar com ninguém, comentou.
Aproveitando a deixa, o tucano não desperdiçou a oportunidade de alfinetar os antigos aliados de primeira hora. Eles achavam que o PSDB era um partido só coadjuvante, que só servia de aliado para eles vencer as eleições. Acho que hoje prova que o PSDB tem uma força no Estado e não se deve desprezar essa força, finalizou.
No PT, o senador Delcídio do Amaral vê com bons olhos a aliança com o PSDB, enquanto o vereador Zeca aposta em veto da direção nacional à parceria. Nos bastidores, comenta-se a intenção de Delcídio e Reinaldo formarem dobradinha na chapa majoritária. O petista concorreria ao governo e o tucano à vaga de senador.