Publicado em 09/12/2012 às 07:00, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
Nova Notícias - Todo mundo lê
Em encontro estadual do DEM, o presidente regional, deputado estadual Zé Teixeira (DEM), indicou a possibilidade de o partido largar a tradicional aliança com o PMDB se o desejo do povo for por mudança, como ocorreu nas eleições de Campo Grande com o fim da hegemonia de 20 anos dos peemedebistas à frente da prefeitura.
Segundo ele, relações pessoais não vão nortear o destino do partido nas eleições de 2014 porque o desejo do povo não pode ser contrariado. A declaração surgiu em resposta a questionamento sobre a possibilidade de a ligação do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) pesar na hora de o DEM definir seu rumo em 2014.
Não podemos fazer política por ligação pessoal de um com o outro. É preciso ser partidário, defendeu Zé Teixeira. Segundo ele, o DEM está de portas abertas para todas as legendas, inclusive para o PT, rival no plano nacional. Vamos conversar com todos, avisou.
O deputado, inclusive, indicou existir um namoro com o senador Delcídio do Amaral (PT), pré-candidato à sucessão do governador André Puccinelli (PMDB). Não existe casamento sem namoro, ponderou Zé Teixeira. Ele, no entanto, deixou claro que a voz do povo irá determinar o destino no partido na sucessão estadual. O desejo do povo não pode ser contrariado, reforçou.
Resistência
Mandetta, por sua vez, considerou normal o flerte de Zé Teixeira com Delcídio, mas sinalizou não deixar de tentar ajudar seu primo Nelsinho Trad. A paquera é livre, todo namoro começa com um assobio, disse. Para ele, quem for melhor de paquera vai ganhar a disputa. E olha que eu sou bom de paquera, avisou a Zé Teixeira.
Também fiel aliado de Nelsinho, o vereador Airton Saraiva, presidente municipal do DEM, não pensa em largar o PMDB e aproveitou a presença de Puccinelli no evento para cobrar apoio do governo aos seis prefeitos eleitos pelo partido. Sempre fiel a vossa excelência, espero que nos retribua dando condições de trabalho aos nossos prefeitos, apelou ao governador.
Indagado sobre a possibilidade de perder o apoio do tradicional aliado, Puccinelli reagiu com tranqüilidade. É um direito que eles têm de paquerar, afirmou sobre as conversas de Zé Teixeira com Delcídio. Sobre a possibilidade de intervir para assegurar o DEM em seu arco de aliança, ele ponderou que 2014 está tão longe.