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09/08/2025 às 17:00, Atualizado em 09/08/2025 às 14:26

Para evitar punição, Deputado Pollon alega que não entendeu detalhes de motim por ser autista

Parlamentar é alvo de processo no Conselho de Ética e pode ser suspenso por até seis meses após episódio que paralisou Câmara por mais de 30 horas

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Foto - reprodução site Top Midia News

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), alvo de representação no Conselho de Ética por participação no motim que impediu o funcionamento da Câmara dos Deputados por mais de 30 horas, afirmou nas redes sociais que não agiu de forma consciente durante o episódio por ser autista.

Pollon e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos a deixar o espaço da Mesa Diretora na quarta-feira (6), quando o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), tentou retomar a cadeira para conduzir a sessão.

“Estão dizendo que ele (Marcel) sentou na cadeira do Hugo Motta e que ele me incentivou a ficar lá. Isso é mentira. Olhem as imagens. Eu sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo ali naquele momento”, disse.

Segundo Pollon, ele pediu que Marcel o acompanhasse para orientá-lo. “Eu sentei na cadeira do Hugo Motta e ele sentou ao meu lado, pois é uma pessoa que eu confio. Falei: ‘Me orienta’, pois pelo que nós combinamos haveria um rito para a desocupação do espaço e esse combinado não foi cumprido”, afirmou.

Apesar de negar que tenha permanecido no local por motim, o deputado admitiu que só sairia mediante resposta positiva ao pleito de anistia aos envolvidos na tentativa de golpe em 8 de janeiro. “Várias vezes, pelo vídeo que eu fiz, você pode ver eu falando que eu não estava entendendo e só sairia dali quando nós tivéssemos uma resposta positiva para as vítimas do 8 de janeiro.”

Dias antes do episódio, Pollon chamou Hugo Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e 60” durante manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso do Sul.

Hugo Motta decidiu indicar a suspensão de até seis meses do mandato de Pollon, Marcel van Hattem, Zé Trovão (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC) pelo motim.

Também será analisada no Conselho de Ética a suspensão da deputada Camila Jara (PT-MS), em caso separado. Outros parlamentares envolvidos devem receber apenas advertência. Com informações do site Top Midia News.

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