Publicado em 03/12/2023 às 08:00, Atualizado em 02/12/2023 às 20:48
Proposta tem ganhado destaque após PEC que limita decisões individuais de ministros do STF ser aprovada
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na sexta-feira (1), que pretende pautar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um mandato fixo para os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ainda no início de 2024, assim como a PEC que põe fim à reeleição no Brasil.
"São dois temas muito apropriados de serem discutidos no início do ano que vem", disse ele durante entrevista em Dubai, pouco antes de conhecer o pavilhão do Brasil na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-28).
A proposta de instituir um mandato para ministros do Supremo já estava em seu radar, mas tem ganhado maior destaque nas falas de Pacheco depois que a PEC que limita decisões individuais de ministros do STF foi aprovada no Senado no último dia 22 e acirrou o conflito entre a Corte e o Congresso.
O presidente do Senado ainda defende a elevação da idade mínima para novos ministros, que hoje é de 35 anos.
Sabatinas
Em Dubai, Pacheco afirmou ainda que pretende concluir antes do recesso parlamentar as sabatinas dos indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o STF e para a PGR (Procuradoria-Geral da República).
Lula indicou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, para a vaga de magistrado no STF e o subprocurador-geral da República Paulo Gonet para a chefia do Ministério Público.
"Pretendemos sabatinar até o fim do ano. É nosso papel, aprovando ou rejeitando, ter a apreciação das indicações (antes do recesso em três semanas)" disse Pacheco.
Votações
As sabatinas de Dino e Gonet na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado já estão marcadas para o dia 13 de dezembro. Para serem aprovados, os indicados pelo presidente passam por duas votações.
A primeira, na própria CCJ, após a sabatina. Nesta, eles precisam obter o voto da maioria simples dos presentes na sessão O colegiado possui 27 membros e a votação é secreta. Depois, a análise é feita no plenário do Senado. Também em votação secreta, o indicado precisa ter maioria absoluta dos votos, ou seja, o apoio de ao menos 41 dos 81 senadores.
Com informações da Agência Estado