Publicado em 10/08/2016 às 09:38, Atualizado em 10/08/2016 às 13:41

Os três senadores de MS votaram pela continuidade do impeachment de Dilma

Redação,
Os três senadores de Mato Grosso do Sul votaram pelo prosseguimento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussef (PT). A senadora Simone Tebet, do PMDB e o senador Waldemir Moka, do mesmo partido, já haviam votado pela continuidade do processo na anteriormente.

Já o senador Pedro Chaves, do PSC, votou pela primeira vez, após ele assumir a vaga do senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido – MS).

A votação ocorreu já na madrugada desta quarta, por 59 votos a 21, na qual o plenário do Senado aprovou o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) que julga procedente a denúncia contra a presidenta afastada Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Dilma agora vai a julgamento final pelo plenário do Senado, que deve ocorrer no final deste mês.

Chaves esclareceu que, diante da denúncia que atribui à presidente responsabilidade pela contratação ilegal de operações de crédito, bem como pela abertura de créditos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional, causou a crise política e econômica, sem precedentes, que se instalou no Brasil.

“Com serenidade e com a consciência tranquila, concluí que a presidente Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade, contrariando os preceitos constitucionais, conforme provas levantadas pela Comissão Especial do Impeachment”, disse o senador.

Moka destacou que os aliados da presidente afastada Dilma Rousseff têm insistido em um discurso desconexo, despropositado e desrespeitoso, chamando de “golpe” esse procedimento legítimo, constitucionalmente perfeito.

“O processo contra a presidente afastada tem sido de rigor constitucional digno de elogios. Tanto é verdade que é a quarta vez que sou chamado a votar nesse processo: votei duas vezes na comissão especial do impeachment, da qual faço parte, e duas vezes no plenário desta Casa, contando com a de hoje [quarta-feira], podendo chegar a cinco votações. Que golpe é esse que faz com que um senador da República seja chamado quatro e possivelmente cinco vezes para avaliar a conduta de um chefe do Executivo?”, indagou o senador peemedebista.

“Não estamos a julgar a honra, o caráter ou o gênero da chefe do Poder Executivo e sim a conduta irresponsável e arbitrária dela, cujos atos atentaram contra a Constituição. Concluo essa manifestação sobre meu voto, favorável ao julgamento da presidente afastada”, reiterou Moka.

A senadora Simone Tebet, que compõe a comissão especial de impeachment, destacou que o país está em sua maios crise já vista. “Depois de mais de 200 horas tenho a mesma conclusão que tive na admissibilidade. Os fatos existiram, os decretos e as pedaladas. A autoria se faz presente, da senhora presidente da república, por ação e por omissão dolosa e mais, esses fatos foram ilegais e estão enquadrados em crime de responsabilidade. Estamos na maior crise política, econômica e social já vista no país e é por tudo que acho que a presidente deve ir a julgamento”.

Os falas foram retirados de trechos dos pronunciamentos dos senadores na sessão que terminou nesta madrugada.

Fonte - Midiamax