Publicado em 24/09/2023 às 16:05, Atualizado em 24/09/2023 às 14:20
Opositores acreditam terem perdido força no Congresso após reforma ministerial de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou uma minirreforma ministerial que visa fortalecer a sua base de apoio no Congresso Nacional, particularmente entre os partidos do Centrão. A estratégia envolveu a nomeação de deputados do PP e do Republicanos em ministérios estratégicos, como Esporte e Portos e Aeroportos.
Essa mudança busca evitar derrotas em pautas consideradas fundamentais pelo governo, contando com o apoio do Centrão, uma coalizão de partidos que historicamente exerce grande influência no cenário político brasileiro. Trazendo o Centrão para perto de si, Lula enfraquece a oposição, uma vez que, tendo as pastas cedidas pelo governo e mais poder em mãos, mais pautas tendem a caminhar, agora com uma base mais sólida para o governo federal.
A nomeação de membros do PP e do Republicanos fortalece a posição de Lula no Congresso, especialmente graças à parceria próxima que mantém com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Por outro lado, a oposição acredita que ainda pode manter sua força de narrativa ao dialogar diretamente com os eleitores. Isso poderia pressionar os parlamentares do Centrão a não aprovarem todas as pautas do governo.
Em resposta a essa dinâmica política, Lula ordenou uma revisão do trabalho de comunicação da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). O objetivo é aprimorar a comunicação do governo e fortalecer sua aprovação pública. Acredita-se que, com uma comunicação mais eficaz, a aprovação de Lula poderia ser ainda maior.
O ministro Paulo Pimenta (PT-RS) também realizou reuniões para realinhar as políticas adotadas por sua pasta, como parte desse esforço de melhorar a comunicação governamental.
A expectativa de Lula é formar uma aliança sólida com o PP, União Brasil e Republicanos, visando ter esses partidos ao seu lado nas eleições de 2026.