Publicado em 15/04/2013 às 10:29, Atualizado em 27/07/2016 às 11:24
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O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, "herdeiro político" do chavismo, foi eleito neste domingo (14) presidente do país, em votação realizada 40 dias após a morte do líder Hugo Chávez.
Em uma vitória já prevista, mas por uma margem de 1,59 ponto percentual, muito mais apertada do que o esperado, ele superou o oposicionista Henrique Caprilese vai governar o país sul-americano até 2019.
Maduro teve 50,66% dos votos, contra 49,07%, segundo Tibisay Lucena, chefe do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela.
Ela afirmou que os resultados são irreversíveis, pediu respeito a eles e aconselhou os venezuelanos a se manterem em casa.
Falando a uma multidão de chavistas desde o Palácio de Miraflores, Maduro disse que sua vitória foi "justa e legal" e prometeu manter as conquistas dos 14 anos de governo Chávez.
A notícia foi recebida com fogos de artifício pelos chavistas. Manifestantes da oposição, que acreditavam na vitória de Capriles, foram às ruas batendo panelas em protesto contra o resultado.
Acusação de fraudePouco antes do anúncio, o oposicionista Capriles insinuou uma suposta tentativa de fraude, mas foi rechaçado pelo governo, que o acusou de "irresponsabilidade".
Maduro foi eleito após uma campanha curta, feita ainda sob a emoção da morte recente de Chávez, e terá como desafio dirigir uma nação dividida.
Ao votar neste domingo, ele afirmou que não fará um "pacto" com a "burguesia", seguindo na linha chavista de acirrar o confronto de classes no país.
Menos carismático que o "Comandante", ele vai precisar manter a unidade do chavismo e encontrar um estilo próprio de governar, após 14 anos do governo personalista de Chávez.
A crise econômica e a violência são alguns dos principais desafios que ele terá pela frente.