Publicado em 01/12/2020 às 12:03, Atualizado em 01/12/2020 às 11:07
Apoiadores de um de outro ficaram a ver navios nas eleições municipais por aqui
Mato Grosso do Sul repetiu o que se viu em todas as 27 capitais brasileiras: nenhum petista ou bolsonarista ‘raiz’ eleito para prefeitura. Por aqui, nenhum dos 79 municípios elegeu de um lado e de outro do espectro político antagônico nas eleições 2018.
Primeiro, o partido de Luiz Inácio Lula da Silva vem definhando nas urnas sul-mato-grossenses. A sigla, que já contou com prefeituras como de Dourados e o Governo regional, perdeu espaço ao longo dos anos. A margem histórica de votos em Campo Grande, sempre entre 25% e 30%, caiu para menos de 10% na atual candidatura, do deputado estadual Pedro Kemp.
Dourados, antes considerado reduto petista, será em 2021 comandado por um eleito do Partido Progressista, um dos representantes do centrão. Mundo Novo, que teve a primeira prefeita eleita da sigla no Estado, Dorcelina Folador, ano que vem será gerida por um tucano.
A situação não é melhor no lado bolsonarista da política. Além de candidatos autodeclarados ligados ao presidente terem fracassado em busca da Câmara Municipal de Campo Grande, a eleição a prefeito também foi um fiasco.
Nenhum chamado ‘bolsonarista raiz’ vai ocupar cargo de prefeito em 2021 no Estado. Os cabos eleitorais do presidente por aqui – Coronel Contar, Soraya Thronicke e Trutis – só apoiaram perdedores. O último ainda colocou quem apoiava, como o motorista Ciro Fidelis – na mira da polícia.
Quem permanece com o maior número de prefeituras no Estado é o PSDB: 37. MS também viu crescimento de novas forças, como o PP, que agora vai comandar a segunda maior cidade, Dourados.