Publicado em 18/02/2024 às 14:30, Atualizado em 18/02/2024 às 12:08
Em seu discurso, Lula cobrou uma reorganização da governança global, para aumentar a representatividade de países da África e da América Latina, e criticou a extrema direita
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou durante a 37ª cúpula da União Africana neste sábado (17), na Etiópia. No pronunciamento, o petista criticou a extrema direita, disse que pretende ampliar parcerias com países africanos e afirmou que o Brasil tem uma “dívida histórica” com o continente em razão dos 300 anos de escravidão no país.
A União Africana reúne 55 países do continente e, em 2023, passou a integrar de forma permanente o G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo, responsáveis por mais de 80% da economia global.
Em seu discurso, Lula cobrou uma reorganização da governança global, para aumentar a representatividade de países da África e da América Latina, e criticou a extrema direita.
“Sem os países em desenvolvimento, não será possível a abertura de novo ciclo de expansão mundial, que combine crescimento, redução da desigualdade e preservação ambiental com ampliação das liberdades”, declarou Lula.
“O sul global está se constituindo em parte incontornável da solução para as principais crises que afligem o planeta. Crises que decorrem de um modelo concentrador de riquezas e que atingem, sobretudo, os mais pobres. E, entre estes, os imigrantes. A alternativa às mazelas da globalização neoliberal não virá da extrema direita racista e xenófoba”, acrescentou o petista.
No pronunciamento, Lula também disse que (clique no link para seguir ao conteúdo): quer ampliar relações com os países africanos o Brasil tem ‘dívida histórica’ com a África
condena ataques do Hamas e a resposta ‘desproporcional’ de Israel é necessário debater inteligência artificial e preservar o meio ambiente. Antes da participação como convidado na cúpula da União Africana, Lula se reuniu com o primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Mohammad Shtayyeh. Estava previsto um encontro com António Guterres, que não ocorreu porque o secretário-geral da ONU cancelou a viagem à Etiópia.