O advogado Cézar Bittencourt afirmou nesta quinta-feira (21) que o acordo de delação premiada do tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do Palácio do Planalto e cliente dele, foi mantido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Investigadores suspeitavam de omissão do ex-ajudante de ordens em plano de golpe de Estado. O tenente coronel é um dos nomes 37 indiciados pela Polícia Federal no inquérito da tentativa de golpe de Estado.
Moraes tinha a prerrogativa de decidir se mantinha ou não os benefícios, incluindo a redução da pena e a possibilidade de responder aos processos em liberdade. Após três horas de audiência, o ministro confirmou a validade da colaboração premiada de Cid, por meio de nota divulgada pelo Supremo. Moraes considerou que o colaborador esclareceu as omissões e contradições apontadas pela PF. As informações do colaborador seguem sob apuração das autoridades competentes.
Cid declarou não saber de nenhuma das informações que foram apuradas e apresentadas pela PF no âmbito da Operação Contragolpe. Isso mesmo após os investigadores mostrarem dados recuperados do computador dele, com o auxílio de um equipamento militar israelense, que o ligavam à tentativa de golpe.
As investigações mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e o general da reserva Mario Fernandes, preso nesta terça-feira (19), trocaram mensagens sobre as supostas ações golpistas.
O plano foi chamado de "Punhal Verde e Amarelo", e tinha como objetivo matar o presidente Lula e impedir a posse. Além disso, a missão também contava com execuções do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Com informações do Portal da BAND
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