Uma junta de ministros recebeu nesta quarta-feira (12), no Palácio do Planalto, representantes de índios do Mato Grosso do Sul na primeira etapa de uma série de reuniões para discutir demarcação de terras indígenas naquele Estado.
Uma delegação de representantes do Judiciário e do governo irá na semana que vem ao Estado analisar a situação dos povos envolvidos nas negociações. Trata-se, segundo o senador Delcídio Amaral (PT-MS), de um "primeiro passo" para "distensionar" a situação no Mato Grosso do Sul.
Há duas semanas, um índio terena morreu em confronto com policiais durante reintegração de posse no Mato Grosso do Sul coordenada pela Polícia Federal e motivada por uma decisão judicial anterior.
"Foi um primeiro passo, mas um passo importante para que a gente encontre uma solução que olhe as etnias e olhe os produtores", disse o senador.
"A partir do momento em que o governo busque uma solução para indenizar as áreas, nós vamos começar a mitigar esses efeitos, a distensionar o clima, para trazer tranquilidade a todos", completou.
O líder dos guarani-caiová, Anastácio Peralta, disse que o país "precisa muito de diálogo para discutir esse problema que não é nosso e que também não é dos produtores rurais. É um problema que o próprio estado criou, então o estado precisa criar políticas e questões jurídicas que podem resolver esses problemas".
Estavam presentes na reunião desta quarta os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), José Eduardo Cardozo (Justiça), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Luís Inácio Adams (Advocacia Geral da União), além de líderes indígenas guarani-caiová e terena e representantes da bancada matogrossense do sul na Câmara e no Senado.
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