Publicado em 27/10/2016 às 19:05, Atualizado em 27/10/2016 às 16:07

Ministro do STF suspende operação da Polícia Federal no Senado

A decisão do ministro transfere o processo da 10ª Vara Federal do DF para o Supremo.

Redação,
Cb image default

Operação da Polícia Federal prendeu quatro policiais do Senado, acusados de obstruir a Lava Jato

Foto:Ed Alves/CB

Teori Zavascki, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu nesta quinta-feira (27) suspender a Operação Métis, informou a Folha de S.Paulo. A operação da PF prendeu quatro policiais do Senado na semana passada, suspeitos de obstruir as investigações da Lava Jato.

A decisão do ministro transfere o processo da 10ª Vara Federal do DF para o Supremo. Após as prisões, Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, declarou que a operação foi ilegal, por não ter o aval da Suprema Corte.

Antônio Tavares, um dos policiais presos, solicitou a anulação da operação na terça-feira (25), sob uma justificativa semelhante, de que as investigações dos senadores pela PF eram ilegais e não tinham a autorização do STF.

Além de suspender a operação Métis, a decisão de Teori determina a libertação dos suspeitos detidos, o que já havia acontecido no decorrer da última semana.

Operação Métis

Quatro policiais do Senado foram presos no dia 21 de outubro durante a deflagração da Operação Métis pela PF a pedido do MPF.

Segundo o MPF, um policial legislativo fez um acordo de delação premiada no qual revelou que agentes da corporação fizeram varreduras em imóveis particulares e funcionais ligados a três senadores e um ex-parlamentar, todos investigados pela Operação Lava Jato.

Ainda de acordo com o MPF, o objetivo das operações de varredura era localizar e destruir escutas tanto telefônicas como ambientes. Ainda de acordo como órgão, policiais chegaram se deslocar às cidades de São Luiz (MA) e Curitiba (PR) para as varreduras.

O juiz federal que decretou a prisão dos quatro policiais do Senado, Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal, disse que Pedro Ricardo, diretor da corporação, é o "principal responsável pelas condutas e autor das ordens" que resultaram nas ações que teriam prejudicado as investigações da PF. Segundo Vallisney, Pedro Ricardo "exerce a liderança da associação criminosa".

(Com informações da Folha de S.Paulo e UOL Notícias)