Publicado em 16/07/2021 às 14:30, Atualizado em 16/07/2021 às 11:23

Mesmo prevendo rombo de R$ 170,5 bi, Congresso garante Censo em 2022

Pesquisa, que era para ser feita em 2020, foi adiada por causa da pandemia e, este ano, o Congresso cortou a verba

Redação,

A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2022, aprovada nesta quinta pelo Congresso Nacional , protege o Censo Demográfico de contingenciamentos de recursos e dá prioridade às obras do programa Casa Verde Amarela em municípios de até 50 mil habitantes.

O Censo estava inicialmente previsto para acontecer em 2020, dez anos depois da última pesquisa realizada pelo IBGE . Mas foi adiado por causa da pandemia. Neste ano, teve seu orçamento cortado em 96%, inviabilizando a pesquisa novamente.

Para evitar novo adiamento, o relator da LDO, deputado Juscelino Filho (DEM-MA), propôs que os recursos destinados ao Censo sejam protegidos de possíveis cortes do governo.

"Na LDO, estamos priorizando e garantindo isso. Tenho certeza que o trabalho dessa comissão vai colocar os recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA) para que, ano que vem, não falte recursos e seja organizado o Censo Demográfico tão importante para todas as políticas públicas do nosso país", disse o relator durante sessão na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

A LDO determina as diretrizes do Orçamento, que será enviado pelo governo em agosto para ser apreciado no Congresso durante o segundo semestre, na forma da Lei Orçamentária Anual (LOA), que distribui os recursos.

Por isso, ainda não se sabe qual o montante será destinado para cada fim pelo Executivo.

O relator manteve na LDO o dispositivo que autoriza o governo, se quiser e se possível, a conceder reajuste salarial a servidores públicos federais em 2022, ano de eleição presidencial. Mas essa decisão também ainda não foi tomada.

Rombo de R$ 170,5 bi

A LDO também permite que o governo feche as contas em 2022 com um rombo de R$ 170,5 bilhões. O texto aponta que o impacto da pandemia na economia é relevante, mas que há expectativa de retomada “gradual” do crescimento econômico.

“O impacto adverso da pandemia reforça o compromisso do governo federal com o processo de consolidação fiscal, tornando-se mais premente avançar na agenda de reformas estruturais”, diz o texto.

Com informações da Agência O Globo